A suspensão da venda de novas linhas de telefonia celular e internet das operadoras TIM, Claro e Oi, anunciada hoje (18), deve resultar em melhoria rápida da qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas. A avaliação é do superintendente de Serviços Privados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Bruno Ramos.
“A Anatel espera que tenhamos rapidamente o inicio de uma recuperação. O setor de telecomunicações é básico para a atividade econômica brasileira.
O que estamos fazendo aqui é recuperar padrões mínimos que façam com que nosso país tenha capacidade de rede coerente com a capacidade econômica crescente do país”, disse. Segundo Ramos, a medida da Anatel não deve ter impacto nas tarifas, porque elas são definidas pela competição entre as empresas.
De acordo com o superintendente, essa é a primeira vez que a Anatel suspende a venda de três operadoras móveis ao mesmo tempo. A decisão sobre a proibição de vendas das três operadoras foi baseada em três critérios: capacidade de rede, número de interrupção dos serviços, reclamações no setor de atendimento da agência. Os serviços foram avaliados pela Anatel de janeiro de 2011 a junho de 2012.
De acordo com a decisão da Anatel, a partir de segunda-feira (23) estará suspensa a comercialização de linhas de telefonia celular e internet em 19 estados para a operadora TIM, cinco estados para a Oi e três para a Claro. A liberação da venda está condicionada à apresentação de plano de investimentos em até 30 dias para a Anatel, que deve tratar principalmente da qualidade da rede, completamento de chamada e diminuição de interrupção de serviços.
Os planos das empresas deverão ser detalhados com a previsão de custos e investimentos. “A Anatel tem condições de analisar se o plano é factível ou não. A empresa não pode entregar três folhinhas e dizer que é o plano. Ela pode até fazer isso, mas não vai ser aceito”, disse Ramos. A empresa também deverá prever como serão tratados os novos usuários a partir da liberação das vendas pela Anatel.
O conselheiro Jarbas Valente disse que a decisão da Anatel não está relacionada com a recente proibição das vendas de novas linhas de celular em Porto Alegre, determinada pelo Procon da capital gaúcha. Segundo ele, o levantamento da Anatel é nacional e a situação de Porto Alegre está mais relacionada à cobertura, especialmente por causa da restrição à instalação de antenas.
Agência Brasil
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