Morador de rua, Maurício Martins está internado em unidade de Fortaleza desde abril
Por Rosana Pimentel rosanapimentel.rn@dabr.com.br
A equipe do Hospital Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, procura a família do potiguar Maurício Martins Soares, internado na unidade desde o dia 8 de abril. Ele é morador de rua e vive em Paracuru, na região litorânea do Ceará, há cerca de 12 anos. O paciente foi encontrado sem documentos após ter sido vítima de um atropelamento e foi levado ao Instituto. Já foi cirurgiado duas vezes e espera alta, mas pode ficar com algumas sequelas. A previsão é de que ele seja liberado até o final do mês.
Sem documentos, Maurício diz que é casado, tem 4 filhos e morava nas Quintas.
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Maurício Martins tem poucas recordações da família, mas diz que é casado com Maria do Carmo Pereira Soares e que tem quatro filhos: Maurício, Maurílio, Mauricélio e uma filha, cujo nome não consegue lembrar. Segundo a assistente social Ruth Brito, o paciente também informou que nasceu em 3 de abril de 1956, e que morou nas ruas Sebastião Amado, no bairro Nordeste, e Senador Roberto Kennedy, Nº6, nas Quintas. Disse ainda que, no segundo endereço, vivia numa vila, próximoa um alfaiate e tinha como vizinhos "seu" Antônio e "dona" Cristina, que eram lojistas.
Depois que a assessoria de imprensa do Hospital veiculou a imagem de Maurício Martins em uma TV local, no dia 18 de abril, ele foi procurado por Elisa Costa, uma moradora de Paracuru. Ela disse que o ajudava, doando comida e que ele dormia na varanda da casa dela. "Ele nunca quis entrar aqui em casa. Comia e dormia lá fora e só quando estava molhado entrava aqui pra se trocar", disse.
Segundo Elisa, Maurício Martins era arredio, logo quando o conheceu, mas aos poucos a relação dele com os moradores da casa foi melhorando, ao ponto de sentir o lugar como seu, também."Um dia eu quis vender a casa e fui dizer isso para ele. Ele só respondeu assim: venda a sua casa, a minha não". Elisa Costa e sua filha Magna Costa se revezam para cuidar de Maurício Martins no hospital. "Já cuidamos dele há muito tempo e não teremos problema em continuar, mas é importante achar a família, até para que ele tenha uma documentação e não saia do hospital como indigente", finaliza Magna.
Fonte: Diário de Natal
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