Depois
de aumentar o valor cobrado por sete serviços no início do ano, o Banco
do Brasil (BB) anunciou o corte de 24 tarifas bancárias que chegam a
34%. De acordo
com a instituição, foram barateadas as taxas dos serviços mais
utilizados pelos clientes pessoas físicas. Em abril, a presidente Dilma
Rousseff determinou que os bancos públicos derrubassem as tarifas para
continuar a diminuir o custo financeiro para o brasileiro. A ordem veio
depois que as instituições forçaram a queda dos juros cobrados. A Caixa
Econômica Federal também estuda reduções.
Para o vice-presidente
de Varejo do BB, Alexandre Abreu, a instituição demorou para fazer o
anúncio porque foi preciso fazer uma grande análise do custo-benefício
do corte das tarifas. De acordo com ele, apesar do “clamor da
sociedade”, ou seja, da determinação da presidente Dilma, o banco teve
de se adaptar ao corte das taxas. Sua expectativa é que o efeito seja o
mesmo do corte de juros: um grande aumento da base de cliente e,
consequentemente, aumento das receitas.
“Está na mira do Bando do Brasil ser o banco mais baratos de tarifas do mercado”, afirmou o vice-presidente.
No
BB, novos clientes serão isentos da tarifa de confecção de cadastro
para início de relacionamento, que hoje é de R$ 30. Segundo a
instituição, tarifas de contas de depósito, cheque, saques, depósitos,
consultas, transferências de recursos, transferências por TED/DOC e
entre contas na própria instituição, ordens de crédito e cartões de
crédito foram cortadas. Os novos valores começam a vigorar a partir da
próxima segunda-feira (15).
As tarifas estão na mira do governo: a
Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e o
Banco Central (BC) anunciaram a criação de um grupo dos dois órgãos
para diagnosticar irregularidades nas cobranças de taxas e coibir
excessos. O Banco Central não tabela as tarifas. Por isso, há uma grande
diferença entre o que é cobrado pelas instituições públicas e pelas
privadas. Para fazer um cadastro e iniciar um relacionamento, os
correntistas pagam, em média, R$ 31,67 em bancos públicos. Já nos
privados, a taxa é de R$ 371,44. Em alguns casos, essa tarifa pode
chegar a R$ 5 mil.
O corte é mais um movimento dos bancos para
reduzir preços, que começou com a redução dos juros de cartão de
crédito, depois das taxas de administração dos fundos de investimento e
agora chegou às tarifas. A medida atende à pressão do governo pela
diminuição das taxas.
De acordo com o banco, haverá queda em “24
tarifas prioritárias, com impacto principalmente sobre as utilizadas de
forma massificada pela maioria dos cidadãos”. Por exemplo, a tarifa
cobrada para uma transferência entre contas no BB passará de R$ 1,50
para R$ 1. Um pedido de segunda via de cartão de crédito, que hoje custa
R$ 8, será R$ 5. Um saque, que hoje custa R$ 1,70 passará a R$ 1,20.
Outro exemplo é a tarifa de depósitos identificados, que é R$ 3,10 e
será R$ 2,70.
Veja os pacotes que tiveram redução de preço:
O portfólio de pacotes de serviços passará a ter pacotes isentos, bem como pacotes com preços mínimos de R$ 3,80 e máximos de R$ 38, distribuídos da seguinte forma:
*Pacote Conta Digital: Isento de cobrança
*Pacote Universitário: mantido o preço de R$ 3,80
*Pacote Padronizado: Redução de 26,6% (de R$ 13,50 para R$ 9,90)
*Pacotes atuais com preços entre R$ 40,60 e R$ 49,90: redução de até 23,8%, mantidas as franquias de cada um dos pacotes:
*Private de R$ 49,90 para R$ 38
*BomPraTodos Pleno de R$ 49,50 para R$ 38
*Base Especial de R$ 48,40 para R$ 38
*Estilo de R$ 45 para R$ 38
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