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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Um pouco da história dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú

 O território são-gonçalense foi banhado com muito sangue, quando no dia 03 de outubro de 1645, ocorreu o Massacre de Uruaçu, onde 28 cristãos foram mortos por índios e soldados holandeses.
Jacob Rabbi, alemão a serviço do governo holandês, vivia com os índios Tapuias, em conjunto com Paraopeba, chefe indígena, convertido ao calvinismo, lideraram o massacre. Durante uma celebração, logo após a elevação da hóstia, soldados holandeses trancaram todas as portas da igreja, já esperando estavam os índios potiguares e tapuias que invadiram o local e mataram os colonos presentes a missa. Foram praticados atos com requinte de crueldade.
Alguns tiveram o direito a despedida. A sobrevivência dependia da conversão ao Calvinismo, fato rejeitado. Suas línguas foram arrancadas para que não fizessem orações católicas. Braços e pernas foram decepados, crianças partidas ao meio e muitos corpos degolados, foi o cenário do morticínio, porém todos oraram com muita fé até a morte.
O Padre Ambrósio Francisco Ferro, ainda vivo, foi muito torturado. Mateus Moreira teve seu coração arrancado pelas costas, e mesmo com todo o sofrimento ainda pronunciou “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Ninguém renegou a Deus e nem a Igreja, morreram com fé e fidelidade.
O processo de beatificação deu início em 15 de maio de 1988, quando Dom Alair Vilar iniciou o estudo sobre os mártires de Uruaçu e Cunhaú, designando posteriormente Monsenhor Francisco de Assis Pereira postulador da causa. No dia 05 de Maio de 2000 ocorreu a beatificação oficializada em Roma, pelo Papa João Paulo II.


Em homenagem ao morticínio foi erguido um monumento na localidade de Uruaçu, próximo aonde ocorreu o martírio, denominado "Monumento aos Mártires", que foi inaugurado no dia 05 de Dezembro de 2000, com a presença de aproximadamente 15 mil pessoas, incluindo diversas autoridades eclesiásticas e governamentais. Local que abrange uma área de dois hectares, doada pela família Veríssimo, proprietária da fazenda. Foi projetado pelo arquiteto Francisco Soares Junior, tendo capacidade para receber 20 mil peregrinos. Atrás do palco há um painel medindo 30 metros. O Capelão do monumento é o Padre Antônio Murilo de Paiva.
A cidade se encontra receptivo a todos que buscam reafirmar sua fé, conhecendo o local que foi palco de um grande massacre. No dia 03 de Outubro é feriado estadual em comemoração ao Dia dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú, segundo Lei Nº 8.913/2006.

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