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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Rendimento médio do potiguar foi de R$ 990,95 em 2011, aponta IBGE

Economia
Do G1 RN
O trabalhador potiguar teve rendimento médio mensal de R$ 990,95 em 2011, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do Brasil (SIS) do IBGE, divulgada nesta quarta-feira (28). A média é a maior da região Nordeste. A análise ainda trata do rendimento médio do trabalho principal das pessoas de 16 anos ou mais de idade ocupadas no estado. O rendimento médio das pessoas ocupadas na formalidade no ano passado foi de R$ 1.337,75 (3º do Nordeste) e na informalidade, R$ 659,36 (1º da região).
A Síntese dos Indicadores Sociais avaliou as relações econômicas, bem como, a estruturação e padrão de vida das pessoas e famílias potiguares. O estudo afirma que o RN é o 2º estado do Nordeste em proporção de trabalhos formais, superado apenas por Pernambuco. Foram investigadas pessoas de 16 anos ou mais de idade com ocupação. Assim, a pesquisa aponta para um total de 1.366.000 pessoas com trabalhos formais no RN, o equivalente a 44,1% da população. Pernambuco lidera com 47,7% das pessoas ocupadas.
Segundo nota emitida pelo IBGE, no Rio Grande do Norte “temos evidente o crescimento do trabalho formal no estado e uma posição bastante representativa no Nordeste. Porém, precisamos continuar avançando, pois ainda existe um quantitativo representativo de pessoas ocupadas na informalidade (55,9%) ou aproximadamente 763.594 pessoas”.
No que se refere a horas semanais no “trabalho principal”, pessoas de 16 anos ou mais no RN trabalham, em média, 38,6 horas. No trabalho formal, a média é de 41,2 horas e, no trabalho informal, 36,6 horas semanais.
Ainda segundo a pesquisa, “a análise é um indicador demográfico importante para o estudo do mercado de trabalho, pois expressa a proporção de pessoas em idade potencialmente inativas (crianças de 0 a 14 anos e idosos de 60 anos ou mais) em relação a 100 pessoas em idade potencialmente ativas (15 a 59 anos)”.
A SIS também mostra que, em 2011, tratando-se do quesito “dependência econômica”, a menor razão de dependência do país se encontrava no Distrito Federal (46,4%) e a maior no Maranhão (70,9%), enquanto que o RN, com razão de dependência considerada “total”, revela um índice de 55,4%, sendo 37% de jovens e 18,4% de idosos economicamente dependentes. “Nota-se que há uma redução do grupo economicamente dependente em relação ao grupo de pessoas potencialmente ativas.
Mulheres x homens
No Rio Grande do Norte, de acordo com a pesquisa, observa-se que a predominância da população feminina continua mantida. “Ou seja, no RN, em 2007, possuíamos 98,5 homens para cada 100 mulheres. No ano de 2011 houve uma redução para 92,7 homens para cada 100 mulheres, demonstrando que está crescendo anualmente a sobremortalidade masculina no Estado”, aponta o Instituto.
Família
Ao divulgar a pesquisa, o IBGE afirmou que a família no país, e especificamente no RN, passa por um período de transformações na sociedade contemporânea. E avalia: “A Síntese de Indicadores Sociais é um estudo muito importante no aspecto da investigação e caracterização da condição de vida das famílias. Mostra a compreensão de como se formam e organizam os núcleos familiares, analisando diversos aspectos da vida social. Temos a redução do tipo de família casal com filhos, devido à queda da fecundidade; o crescimento da proporção de pessoas que viviam sozinhas (unipessoais); bem como, o crescimento dos casais sem filhos, embora, ambos possuíssem rendimento. Por conseguinte, os padrões de organização da família potiguar estão mudando em face aos novos valores culturais e, também, visando acompanhar a dinâmica socioeconômica cada vez mais exigente no que se refere às condições necessárias para sua reprodução”, relata.
No comparativo 2001/2011, analisando os arranjos familiares do RN (2011), a SIS afirma terem ocorrido 1.068.000 arranjos em domicílios particulares, distribuídos da seguinte forma: Unipessoal (10,7%); casal sem filhos (19,4%); casal com filhos (44,3%); mulher sem cônjuge com filhos (18,4%) e; outros tipos ( 6,8%).
Com relação à população idosa, o estudo aponta aumento absoluto e relativo da população com 60 anos ou mais no Rio Grande do Norte, cujo índice de envelhecimento em 2011 chegou a 49,7%, o 3º do Nordeste, segundo o IBGE. “Isso demonstra a necessidade de uma melhor adequação da infraestrutura social (saúde, educação, previdência) e, especificamente, do aprimoramento da assistência social ao idoso”, avalia a pesquisa.


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