O trabalhador potiguar teve rendimento médio mensal de R$ 990,95 em
2011, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do Brasil (SIS) do IBGE,
divulgada nesta quarta-feira (28). A média é a maior da região
Nordeste. A análise ainda trata do rendimento médio do trabalho principal das
pessoas de 16 anos ou mais de idade ocupadas no estado. O rendimento
médio das pessoas ocupadas na formalidade no ano passado foi de R$
1.337,75 (3º do Nordeste) e na informalidade, R$ 659,36 (1º da região).
A Síntese dos Indicadores Sociais avaliou as relações econômicas, bem
como, a estruturação e padrão de vida das pessoas e famílias potiguares.
O estudo afirma que o RN é o 2º estado do Nordeste em proporção de
trabalhos formais, superado apenas por Pernambuco. Foram investigadas
pessoas de 16 anos ou mais de idade com ocupação. Assim, a pesquisa
aponta para um total de 1.366.000 pessoas com trabalhos formais no RN, o
equivalente a 44,1% da população. Pernambuco lidera com 47,7% das
pessoas ocupadas.
Segundo nota emitida pelo IBGE, no Rio Grande do Norte “temos evidente o
crescimento do trabalho formal no estado e uma posição bastante
representativa no Nordeste. Porém, precisamos continuar avançando, pois
ainda existe um quantitativo representativo de pessoas ocupadas na
informalidade (55,9%) ou aproximadamente 763.594 pessoas”.
No que se refere a horas semanais no “trabalho principal”, pessoas de
16 anos ou mais no RN trabalham, em média, 38,6 horas. No trabalho
formal, a média é de 41,2 horas e, no trabalho informal, 36,6 horas
semanais.
Ainda segundo a pesquisa, “a análise é um indicador demográfico
importante para o estudo do mercado de trabalho, pois expressa a
proporção de pessoas em idade potencialmente inativas (crianças de 0 a
14 anos e idosos de 60 anos ou mais) em relação a 100 pessoas em idade
potencialmente ativas (15 a 59 anos)”.
A SIS também mostra que, em 2011, tratando-se do quesito “dependência
econômica”, a menor razão de dependência do país se encontrava no
Distrito Federal (46,4%) e a maior no Maranhão (70,9%), enquanto que o
RN, com razão de dependência considerada “total”, revela um índice de
55,4%, sendo 37% de jovens e 18,4% de idosos economicamente dependentes.
“Nota-se que há uma redução do grupo economicamente dependente em
relação ao grupo de pessoas potencialmente ativas.
Mulheres x homens
No Rio Grande do Norte, de acordo com a pesquisa, observa-se que a
predominância da população feminina continua mantida. “Ou seja, no RN,
em 2007, possuíamos 98,5 homens para cada 100 mulheres. No ano de 2011
houve uma redução para 92,7 homens para cada 100 mulheres, demonstrando
que está crescendo anualmente a sobremortalidade masculina no Estado”,
aponta o Instituto.
Família
Ao divulgar a pesquisa, o IBGE afirmou que a família no país, e
especificamente no RN, passa por um período de transformações na
sociedade contemporânea. E avalia: “A Síntese de Indicadores Sociais é
um estudo muito importante no aspecto da investigação e caracterização
da condição de vida das famílias. Mostra a compreensão de como se formam
e organizam os núcleos familiares, analisando diversos aspectos da vida
social. Temos a redução do tipo de família casal com filhos, devido à
queda da fecundidade; o crescimento da proporção de pessoas que viviam
sozinhas (unipessoais); bem como, o crescimento dos casais sem filhos,
embora, ambos possuíssem rendimento. Por conseguinte, os padrões de
organização da família potiguar estão mudando em face aos novos valores
culturais e, também, visando acompanhar a dinâmica socioeconômica cada
vez mais exigente no que se refere às condições necessárias para sua
reprodução”, relata.
No comparativo 2001/2011, analisando os arranjos familiares do RN
(2011), a SIS afirma terem ocorrido 1.068.000 arranjos em domicílios
particulares, distribuídos da seguinte forma: Unipessoal (10,7%); casal
sem filhos (19,4%); casal com filhos (44,3%); mulher sem cônjuge com
filhos (18,4%) e; outros tipos ( 6,8%).
Com relação à população idosa, o estudo aponta aumento absoluto e
relativo da população com 60 anos ou mais no Rio Grande do Norte, cujo
índice de envelhecimento em 2011 chegou a 49,7%, o 3º do Nordeste,
segundo o IBGE. “Isso demonstra a necessidade de uma melhor adequação da
infraestrutura social (saúde, educação, previdência) e,
especificamente, do aprimoramento da assistência social ao idoso”,
avalia a pesquisa.
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