Magnus Nascimento
As livrarias esperam aumento nas vendas a partir
de meados deste mês, com o fim das férias
OAno-Novo
começou e com ele a peregrinação dos pais em busca do material escolar
dos filhos. A palavra de ordem é pesquisar porque pode existir diferença
de preços entre as livrarias. Nos próximos dias, o Procon Natal vai
divulgar pesquisa para orientar pais e estudantes, segundo informou o
Pesquisador Socioeconômico do Procon Natal, Elias Silva. Nas
papelarias e livrarias os vendedores já notam o crescimento das vendas.
Mas a expectativa é que em meados de janeiro o movimento aumento ainda
mais. "O pessoal ainda está de férias. Quando chegarmos na metade de
janeiro aí sim o movimento aumenta consideravelmente.
Os pais correm
atrás do material escolar", disse o gerente de uma livraria de Natal,
Francisco Canindé da Silva. A estudante Isadora Queiroga, 16 anos,
decidiu antecipar e já pesquisou em três livrarias diferentes antes de
comprar o seu material escolar. "Pesquisei bastante e consegui comprar
cadernos, lápis, caneta, borracha, corretivo e outros materiais de uso
pessoal por cerca R$100,00. E ainda faltam os livros, mas esses tenho
que comprar na própria escola que tem o material próprio. Pelo que vi,
vamos ter que pagar pelos livros cerca de mil reais", disse Isadora.
De
acordo com Francisco Canindé da Silva, uma lista básica de material
escolar (caderno, lápis, caneta, lápis de cor, hidrocor, entre outros)
sai na faixa de R$80,00. Isso se o cliente escolher os produtos mais
em conta. Se optar pelas marcas mais famosas, o valor da lista pode até
duplicar. "Tudo vai depender da marca que o cliente escolher. Este ano
não houve um aumento grande de preço. Nos livros houve aumento de cerca
de 5%", disse ele.
Em uma outra livraria, a mesma lista básica
saiu por R$ 85,00. Mas segundo o gerente, o preço pode ser negociado.
Mas há quem prefira seguir a orientação da escola e comprar tudo no
local indicado na lista.
"Antes eu pesquisa bastante, mas
percebi que acaba saindo uma coisa pela outra porque vem o cansaço, o
estresso, o gasto com o combustível. Prefiro ir no lugar indicado pela
escola e comprar tudo", disse a administradora Andrea Pinheiro.
Ela
gastou R$176,70 apenas nos materiais de uso pessoal do filho. Para a
escola pagou a taxa de R$ 150,00 do material coletivo como cartolina,
papel laminado, entre outros. E ainda está aguardando o orçamentos dos
livros. "Acho que devo gastar uns R$ 2 mil só de material escolar. É
tudo muito caro", disse ela.
Procon alerta para práticas abusivas
Para
ajudar os pais que ainda não foram às compras, o Procon Natal dá
algumas orientações, baseadas na Lei Municipal 6.044/10, que disciplina
a questão. Segundo o Pesquisador Socioeconômico do Procon Natal, Elias
Silva, os pais deve analisar criteriosamente as listas de material
escolar solicitado pelos colégios, tendo em mente que os esses
constituem instrumentos de trabalho para o aprendizado do aluno, ou
seja, devem ter finalidade didática.
Qualquer material para uso
da escola deve ser de responsabilidade do próprio estabelecimento.
Exemplos de materiais que não podem ser solicitados ao aluno são papel
higiênico, copos descartáveis, pincel para quadro branco, giz, álcool,
guardanapos, tonner, cartucho para impressora, papel ofício A4, a não
ser que seja usado pelo próprio aluno.
"A escola não pode exigir a
aquisição de produtos de uma determinada marca ou determinar o local
para a compra (alguma livraria ou na própria escola). Esse pode ser um
serviço opcional, nunca obrigatório, e, mesmo assim, a escola deve
firmar parceria com alguma papelaria, para que esta instale um ponto de
venda na escola. Isso contraria a lei citada e o Código de Defesa do
Consumidor, e deve ser denunciado aos órgãos de defesa do consumidor",
explica Elias Silva.
Uma outra dica é informa-se com a escola
sobre a possibilidade de adquirir, de imediato, somente a quantidade de
material a ser utilizada no primeiro semestre. Esse procedimento é
amparado pela lei 6.044/2010. "Isso, além de reduzir a despesa,
possibilita planejar com mais tranquilidade a aquisição do material
referente ao segundo semestre", diz o pesquisador.
SERVIÇO - Em caso de dúvidas, os pais devem procurar o Procon Natal. Os números são 3232-9050/ 3232-9051/ 3232-9052.
Tribuna do Norte
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