Desastre ambiental assusta população e provoca mal estar em Lagoa Nova
Por Gilberto Oliveira
Nos últimos dias, os habitantes da zona urbana do município de Lagoa Nova tem sentido no ar uma novidade nada agradável. Às margens da lagoa que deu origem à cidade, milhares de peixes mortos estão apodrecendo e outros tantos agonizam tentando sobreviver. O cenário é catastrófico e impressiona pelas proporções.
Foto: Naldo Santos/Lagoa Inova.
A poluição e o abandono da lagoa é um risco eminente à saúde
pública. Além do mau cheiro, os peixes em decomposição podem ocasionar a
transmissão de doenças.
Mesmo assim presenciamos crianças brincando nas
margens da lagoa em companhia de dezenas de urubus que se juntaram para
se alimentar das carnes podres.
De acordo com o medico veterinário e gestor ambiental lagoanovense
João da Mata Bezerra, o fenômeno é ocasionado pela alta salinidade da
água e pela escassez de oxigênio devido à elevada evaporação por causa
da seca prolongada que assola o nordeste brasileiro. De acordo com uma
análise feita anos atrás pelo Idema e pela Secretaria do Estado de
Recursos Hídricos, a água da lagoa é super salina e, portanto, imprópria
para o consumo humano.
A salinidade mede a quantidade de sais dissolvidos nas águas que é
maior no verão e menor no inverno. A evaporação pode aumentá-la enquanto
que as chuvas costumam diminuir esse percentual.
“Algo parecido tinha sido visto apenas nos anos oitenta quando muitos
peixes foram dizimados”, conta o João, que conhece bem o lugar e o
frequenta desde criança. Como há dias a chuva não chega na Serra de
Santana o nível da lagoa diminuiu consideravelmente e por consequência a
quantidade de oxigênio também.
Blog Lagoa Inova
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