Correntista indica o beneficiário do pagamento pela internet, que vai a uma agência com um localizador para sacar o valor
Por Gabriela Valente
BRASÍLIA - Em mais uma investida para abocanhar parte do mercado da
nova classe média, o Banco do Brasil lançará na terça-feira um produto
chamado “BB conta de pagamentos”. Para evitar que o cliente da
instituição oficial tenha de sacar para acertar dívidas com pessoas que
não têm conta em banco, o correntista poderá enviar uma ordem de
pagamento ao próprio BB pela internet. O destinatário irá a uma agência
buscar o dinheiro com um “localizador”. Com exclusividade ao GLOBO, o
banco explicou que é um processo parecido com a compra de passagens
aéreas. O beneficiário da transferência precisa apenas ter CPF e celular
de qualquer operadora. Poderá ainda sair da agência com um cartão
pré-pago para efetuar compras. E nenhuma tarifa será cobrada dele.
Quando
o cliente enviar, por exemplo, uma ordem de pagamento para um prestador
de serviços, como diarista, jardineiro, manicure ou qualquer outra
pessoa com quem tenha débitos, já pode solicitar o cartão. Esse pré-pago
será vinculado ao celular do prestador de serviço, de parentes ou até
mesmo dos filhos menores. O BB diagnosticou que vários saques são feitos
para pagar mesada. Mesmo se o correntista não solicitar o cartão, o
banco deve oferecer o instrumento, se perceber que depósitos são feitos
regularmente nessa nova conta de pagamentos.
Depois que o cliente autoriza o envio do dinheiro, por meio do auto-atendimento na internet, o beneficiário recebe instruções de como fazer o resgate. As informações são envidas para o número do celular cadastrado. Para o BB, há vantagem tanto para quem envia quanto para quem recebe os recursos.
— Vamos eliminar dois problemas: a pessoa que não tem conta bancária e tem de andar por aí com dinheiro vivo; e o nosso cliente que é obrigado a fazer vários saques — afirmou ao GLOBO o vice-presidente do BB, Alexandre Abreu, que frisou o aumento de segurança para o trabalhador que era obrigado a andar com todo o salário no bolso.
Abreu lembrou que o banco só pode oferecer o serviço gratuitamente, porque haverá uma redução do custo de armazenamento, transporte e segurança de cédulas, já que diminuirão os saques nos caixas eletrônicos. Segundo ele, essa é a principal despesa da instituição financeira.
O BB ainda não tem uma estimativa do tamanho da queda do número de retiradas. De acordo com uma pesquisa interna da instituição, 18 milhões de clientes usam os caixas eletrônicos. O Banco do Brasil ouviu 2,6 milhões e verificou que 40% desses sacam para pagar prestadores de serviços e outros 40% pegam dinheiro vivo por puro hábito. O restante não respondeu. Com novos produtos, a instituição quer estimular ao máximo as transações eletrônicas.
— O Banco do Brasil está se antecipando a um movimento do mercado. Já está em linha com o novo sistema que cria o novo conceito da conta de pagamentos (lançado ontem pelo Banco Central) — afirmou o diretor Raul Moreira, diretor de cartões do BB.
Depois que o cliente autoriza o envio do dinheiro, por meio do auto-atendimento na internet, o beneficiário recebe instruções de como fazer o resgate. As informações são envidas para o número do celular cadastrado. Para o BB, há vantagem tanto para quem envia quanto para quem recebe os recursos.
— Vamos eliminar dois problemas: a pessoa que não tem conta bancária e tem de andar por aí com dinheiro vivo; e o nosso cliente que é obrigado a fazer vários saques — afirmou ao GLOBO o vice-presidente do BB, Alexandre Abreu, que frisou o aumento de segurança para o trabalhador que era obrigado a andar com todo o salário no bolso.
Abreu lembrou que o banco só pode oferecer o serviço gratuitamente, porque haverá uma redução do custo de armazenamento, transporte e segurança de cédulas, já que diminuirão os saques nos caixas eletrônicos. Segundo ele, essa é a principal despesa da instituição financeira.
O BB ainda não tem uma estimativa do tamanho da queda do número de retiradas. De acordo com uma pesquisa interna da instituição, 18 milhões de clientes usam os caixas eletrônicos. O Banco do Brasil ouviu 2,6 milhões e verificou que 40% desses sacam para pagar prestadores de serviços e outros 40% pegam dinheiro vivo por puro hábito. O restante não respondeu. Com novos produtos, a instituição quer estimular ao máximo as transações eletrônicas.
— O Banco do Brasil está se antecipando a um movimento do mercado. Já está em linha com o novo sistema que cria o novo conceito da conta de pagamentos (lançado ontem pelo Banco Central) — afirmou o diretor Raul Moreira, diretor de cartões do BB.
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O Globo
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