A síndrome de Borderline, também conhecida como transtorno de personalidade limítrofe,
é caracterizada por uma hiperatividade emocional, em que uma linha
tênue separa o estado de calmaria de outro de intensa histeria. A
expressão “cego de raiva” caracteriza bem a pessoa que apresenta o
transtorno, que na maioria dos casos é detectado pela família ou amigos
próximos. Tristeza, raiva, vergonha, medo, sensação de vazio e de extrema solidão são alguns dos sentimentos
desencadeadores da síndrome.
Entre as principais causas associadas ao
Borderline podemos estão fatores genéticos, abusos sexuais na infância
ou adolescência, exposição á violência constante, entre outros traumas
que marcara a vida do paciente e iniciam um desequilíbrio emocional com a
presença de comportamentos impulsivos.
Manter um relacionamento é uma das grandes dificuldades dos
portadores da síndrome, a sua autoestima é muito baixa e qualquer
simples acontecimento pode fazê-lo depreciar a sua auto imagem, vendo no
outro exatamente aquilo que gostaria de ser. Isso cria um sentimento de
dependência, é como se no outro estivesse a solução dos seus tormentos.
Apesar da descrição feita, não podemos imaginar um paciente portador
da síndrome apenas como aquela pessoa que apresenta explosões de raiva,
mas também que possui momentos de grande impulsividade, de apego
afetivo intenso, insatisfação pessoal, medo de rejeição, desespero e
instabilidade de humor. Tudo isso faz com que o paciente esteja
envolvido com relações disfuncionais, seja no ambiente de trabalho,
local onde também é difícil se manter, bem como com amigos e familiares.
A síndrome exige tratamento, uma vez que esta traz um
sofrimento psíquico importante a pessoa, trazendo como uma de suas
principais consequências o risco de suicídio. O tratamento é feito a
realização de psicoterapias, associadas ou não ao uso de medicamentos, a
depender da gravidade do caso. Nas crises mais intensas pode ser
necessária a internação.
Resumo do dia
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