Brasileiros são "calientes" e gostam de ter mais atividades durante as relações sexuais, revela pesquisa
Getty Images. O sexo ainda é um assunto tabu para boa parte da população, mas uma
pesquisa sobre comportamento sexual mostra que os brasileiros são
"calientes" e gostam de ter mais atividades durante as relações sexuais,
além da penetração. O estudo Durex Global Sex Survey comparou os dados
do Brasil com os de outros 36 países, totalizando 29 mil pessoas. Foram
entrevistados 1.004 homens e mulheres brasileiros entre 18 e 65 anos.
Em relação a indivíduos de outras nacionalidades, 50% dos brasileiros
recebem sexo oral (contra 33%, no resultado global) e 48% fazem sexo
oral (contra 32%). Quando o quesito é masturbação, 36% dizem receber o
estímulo (contra 22%) e 34% masturbam o parceiro (contra 21%). O estudo
também mostrou que 22% dos brasileiros costumam receber ou fazer
massagens sensuais (contra 16%) e 15% fazem ou recebem sexo anal (contra
8%).
Para a psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Prosex
(Programa de Estudos em Sexualidade) da USP (Universidade de São Paulo),
os dados demonstram que a qualidade do sexo é importante para a
população.
— Os resultados evidenciam que uma vida sexual ativa e bem resolvida é
valorizada pelo brasileiro. Cada vez mais a população relaciona sexo com
educação e saúde.
Sobre o uso de apetrechos, a pesquisa revelou que o brasileiro perde
para a média global, ou seja, 17% no país recorrem a artigos para
melhorar o sexo, contra 22% do resultado global.
— Mas esse resultado mostra uma evolução: há dez anos a proporção era de 2% ou 4%.
Sexo no primeiro encontro
Enquanto a maioria (61%) das mulheres brasileiras reprova o sexo no
primeiro encontro, 58% dos homens acham esta atitude aceitável. A boa
notícia é que o Brasil foi o país campeão no uso de camisinha na
primeira relação, ou seja, 66% garantiram fazer sexo seguro, seguido da
Grécia (65,5%) e Coreia do Sul (62,8%). Já os países que menos usam o
preservativo são Nova Zelândia (32,6%), República Checa (30,4%) e
Indonésia (27,6%).
Em geral, a principal preocupação de usar o preservativo é com as
doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez, sendo que nos dois
casos os homens se declararam mais preocupados que as mulheres. Segundo
Carmita, a má notícia é que a maioria das pessoas deixa a camisinha de
lado quando está em um relacionamento estável.
— Relação estável supõe exclusividade, o que nem sempre acontece. Além
disso, 34% dos que dizem não usar o preservativo no primeiro encontro
não é um número baixo.
A sexóloga reforça a necessidade de campanhas contínuas que atinjam todas as faixas etárias.
— Todos os dias alguém inicia a vida sexual no país, por isso as
campanhas não podem ser sazonais. Além disso, muitos jovens ainda
acreditam que a pílula previne doenças.
Para 70% dos homens e 53% das mulheres, satisfazer o parceiro é o principal objetivo da relação sexual.
R7
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