Brasília (AE/ABr) - O Ministério da Saúde vai lançar um
aplicativo que ajuda o usuário a identificar se ele tem sintomas de zika
e dengue. O sistema é semelhante ao que foi lançado pelo governo ano
passado, no período da Copa do Mundo. A ideia inicial era fazer uma
adaptação do programa para a Olimpíada, mas, diante do aumento de casos
de zika e da epidemia de microcefalia identificada no País, o projeto
foi apressado e dará ênfase a essas duas infecções, ambas transmitidas
pela picada do Aedes aegypti infectado.
FÁBIO POZZEBOM
Comissão da Câmara dos Deputados destina R$ 500
milhões para ações de combate à dengue
No
aplicativo, o usuário deverá responder a uma série de perguntas,
sobretudo relacionadas aos sintomas de doenças: se ele teve febre baixa,
dores no corpo, dores na articulação ou abdominais, além de manchas e
coceira pelo corpo. De acordo com respostas, ele será informado sobre a
probabilidade de estar com uma das infecções.
Mais do que dar
informação para o usuário, o aplicativo é considerado extremamente útil
para a vigilância sanitária. As informações são processadas pelo
Ministério da Saúde. Caso haja um número expressivo de pessoas com
determinados sintomas em uma região, num determinado período de tempo,
serviços de vigilância são acionados.
No Congresso Nacional, a
Comissão Mista do Orçamento (CMO) aprovou ontem destaque que remaneja R$
500 milhões, de emendas coletivas, para o combate ao mosquito
transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Dos R$ 500
milhões, R$ 471 milhões vão reforçar o Fundo Nacional de Saúde e R$ 29
milhões serão destinados ao Exército. A CMO também aprovou destaques que
reduzem em R$ 220 milhões o corte do orçamento da Justiça do Trabalho.
Com a recomposição, o corte no custeio (gastos de manutenção) da Justiça
do Trabalho ficará próximo de 20% em relação à proposta original,
próximo à dotação para as demais instâncias da Justiça Federal.
Mais
cedo, a comissão do orçamento tinha aprovado os destaques que
cancelavam o corte de R$ 10 bilhões na verba do Programa Bolsa Família
para o próximo ano, uma preocupação do governo da presidente Dilma. O
relator-geral do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), queria
manter a redução da verba, mas parlamentares propuseram um destaque para
votar o tema.
O Estadão
O Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário