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sábado, 29 de outubro de 2011

Lagarto descoberto pela UFRN é novo simbolo da preservação em Natal

Meio Ambiente 

O Lagarto do Folhiço, denominado cientificamente de Coleodactylus natalensis foi escolhido como o símbolo da preservação das áreas verdes de Natal. O animal foi descoberto pela bióloga da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a professora Eliza Maria Xavier Freire.
A escolha foi realizada em audiência pública que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 26 de outubro, na Câmara de Vereadores de Natal, na qual compareceram várias autoridades, pesquisadores e estudantes. A audiência foi proposta pelo vereador George Câmara (PCdoB), que presidiu os trabalhos.


O réptil foi descoberto no Parque das Dunas de Natal e é uma das menores espécies de lagarto do mundo, sendo o menor da América do Sul, não ultrapassando três centímetros de comprimento total. A descobridora do pequeno réptil, Eliza Freire, é, além de professora e pesquisadora da UFRN, coordenadora do Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) da Instituição.


Segundo a professora Eliza, o nome Coleodactylus natalensis é uma homenagem à capital potiguar. Trata-se de uma espécie endêmica, ou seja, específica de uma única localidade: a Mata Atlântica do Rio Grande do Norte.

O Lagarto do Folhiço, ainda segundo a pesquisadora, está sendo avaliado quanto à possibilidade de ser inserido na lista de espécies em risco de extinção.

Além do Parque das Dunas, há registro da presença da espécie também em alguns remanescentes florestais de Natal e em municípios adjacentes. Alguns desses lugares são o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte e o Parque Estadual Mata da Pipa.

De acordo com a professora Eliza Freire, a Mata Atlântica do Estado já perdeu 93% da sua área original, o que justifica a busca pela preservação do habitat do Lagarto do Folhiço. Além disso, “o endemismo da espécie, por si só, já torna relevante a preservação da área”, enfatizou.

O Coleodactylus natalensis foi tema de uma dissertação de mestrado do PRODEMA, defendida pela Jornalista Daisy do Carmo, sob a orientação de Eliza Freire, com o objetivo de popularizar a ciência e, por meio de consulta às comunidades que mantêm relação direta com o Parque das Dunas, elegê-lo como símbolo do Parque das Dunas e de demais áreas verdes da cidade.
Da redação do Diário de Natal

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