Economia
Com 850
mil processos tramitando na Justiça, o Banco do Brasil (BB) adotou uma
política de redução de litígios. Para isso, está desistindo de recorrer
em causas que já têm entendimento pacificado nos tribunais, muitas delas
envolvendo seus clientes. A nova
estratégia do banco foi apresentada nesta terça-feira (6) ao presidente
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, que
recebeu três dirigentes do BB: César Borges, vice-presidente de governo;
Danilo Angst, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos,
e Antônio Machado, diretor jurídico.Só no
STJ, o BB é parte em aproximadamente seis mil processos.
O banco já
começou a protocolar petições de desistência de recursos que tratam de
matérias sumuladas ou de temas com jurisprudência consolidada no
Tribunal, especialmente nas Turmas especializadas em direito privado.“O nosso
objetivo é reduzir drasticamente o número de ações em todas as esferas
do Judiciário”, explicou Danilo Angst. “O que o banco quer é aderir e
contribuir com o grande esforço de reduzir o número de processos na
Justiça”, completou César Borges.Para
atingir esse objetivo, o BB está atuando em duas frentes: na conciliação
com os clientes e na identificação da origem do problema que acaba
gerando ações judiciais. Boa parte dos casos vai parar nos juizados
especiais. A intenção é encerrá-los na própria agência bancária.
57 milhões de clientes
O BB é o
maior banco da América Latina. Tem 57 milhões de clientes e agências em
todos os municípios brasileiros. Para atender às demandas judiciais
dessa gigantesca estrutura, o banco conta com 52 assessorias jurídicas
espalhadas pelo país, com 850 advogados próprios, além dos escritórios
de advocacia terceirizados. O foco dessa equipe agora, segundo o diretor
jurídico, Antônio Machado, é evitar que um conflito vire ação judicial.
“O que
se espera do STJ e de todo o Judiciário é que, na medida em que a gente
diminua o número de processos, a prestação jurisdicional sobre o mérito
tenha melhor qualidade, pois o juiz vai se ocupar daquilo que realmente é
relevante”, afirmou Machado. “E queremos contribuir com isso, pois
sabemos que esse é o anseio do Judiciário e da sociedade”, concluiu.
FONTE: Site STJ AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário