A mastectomia, cirurgia de retirada das mamas, ganhou bastante enfoque nas últimas semanas, pois começou a ser analisada como uma técnica preventiva,
mesmo que ainda não seja bem vista neste sentido por muitos
profissionais médicos. O que acontece é que, clinicamente esse
procedimento cirúrgico era indicado na forma preventiva apenas para
mulheres já tiveram um câncer em uma das mamas e para reduzir os riscos
de reincidência, faz a cirurgia na outra.
Para mulheres que ainda não
desenvolveram a doença, mas apresentam um elevado risco de apresentá-la
ao longo da vida, essa é uma alternativa que ainda gera polêmica, uma
vez que não há 100% de chances de estar livre do aparecimento do câncer.
Aqui no Brasil, pouco se pode fazer, com o objetivo único de
prevenção, para quem não possui condições de encarar um tratamento
particular. O Sistema Único de Saúde – SUS não cobre nem o exame de seqüenciamento genético,
necessário para detectar alterações em genes como o BRCA1 e BRCA2, que
mostram o elevado risco de desenvolvimento do câncer. Em hospitais e
clínicas particulares, o exame pode chegar a custar R$ 7 mil.
É importante destacar que apenas 10% dos cânceres de mama são de origem hereditária,
os demais são decorrentes de múltiplos fatores que surgem ao longo da
vida. Tem maior chance de desenvolver a doença como “herança” da
família, aqueles que já possuem um histórico familiar significativo com
múltiplos cânceres desenvolvidos por parentes próximos. Mas, é preciso
fazer o exame citado anteriormente para identificar ou não a mutação
genética.
As técnicas de mastectomia variam entre o procedimento
simples, em que preserva-se o tecido muscular e os linfonodos axilares,
até a mastectomia radical, cirurgia que não vem sendo muito utilizada,
apenas nos casos em que o câncer já comprometeu toda a mama e parte do
tecido muscular subjacente. Após a cirurgia, as mulheres podem ser
submetidas a reconstrução mamária com próteses de silicone.
Resumo do dia
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