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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Desmatamento da Amazônia volta a subir em maio

Por Bruno Calixto
Imagem de satélite mostra desmatamento da Amazônia em Rondônia (Foto: Reprodução/Google Earth)
Imagem de satélite mostra desmatamento da Amazônia
 em Rondônia (Foto: Reprodução/Google Earth)

Um mês após o governo brasileiro anunciar, no dia do meio ambiente, que o desmatamento da Amazônia atingiu a menor taxa da história, o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), que monitara a Amazônia por satélite, divulgou novos números mostrando um forte aumento na derrubada de florestas na Amazônia.
Segundo o Inpe, 465 km² de florestas foram derrubadas em maio. O instituto não aconselha comparar dados do desmatamento, porque a cobertura de nuvens, que impede os satélites de monitorar todo o território da Amazônia, é diferente em cada mês.
Ainda assim, os números divulgados nesta sexta-feira (5) são muito maiores do que os de maio do ano passado, quando foram derrubados 99 km² de florestas. Os dados oficiais confirmam os números do Imazon, que mostravam uma retomada expressiva do desmatamento em 2013. A derrubada de floresta, que estava em queda desde 2004, voltou a crescer estimulada principalmente por grandes obras de infraestrutura, por produtores de áreas já consolidadas que querem expandir as atividades agropecuárias e por pequenos produtores em assentamentos de reforma agrária.
Segundo o Inpe, mais de 70% do desmatamento foi classificado como degradação florestal. São áreas que estão sendo derrubadas progressivamente, pela retirada de madeira e queimadas. Isso indica que grande parte do desmatamento identificado em maio aconteceu em meses anteriores, mas só foi detectado agora. Outros indícios mostravam, nos primeiros meses do ano, que o desmatamento estava aumentando. O Ibama, por exemplo, apreendeu mais madeira ilegal em um mês de 2013 do que em todo o ano de 2012.
Os números oficiais mostram que os Estados que mais desmataram foram Mato Grosso e Pará. E que os dados podem estar subestimados: pelo menos 40% da Amazônia não foi monitorada por conta da cobertura de nuvens.

Revista Época 


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