O valor do salário mínimo em 2014 aumentará em 6,6%, passando para R$ 722,90. De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária já apresentado pela ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior,
o salário reajustado conforme previsto já deverá ser pago as
remunerações válidas a partir do dia 1º de Janeiro. Esse aumento terá um
impacto de R$ 29,2 bilhões nas contas públicas, total que inclui o
pagamento dos benefícios durante todo o ano.
A regra de valorização salarial vigente no Brasil tem
funcionado como uma excelente forma de aumentar a renda familiar de
muitos brasileiros que ainda dependem de apenas um salário para
sustentar uma família. O valor do salário é recalculado
anualmente com base no percentual de crescimento do Produto Interno
Bruto – PIB do ano retrasado mais a reposição da inflação do ano
anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC.
Entretanto, mesmo com os aumentos sucessivos, o salário mínimo nunca
atingu o valor determinado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – Dieese,
capaz de atender a todas as necessidades básicas. Para 2014, a
estimativa do salário “ideal”, que leva em consideração o preço dos
produtos da cesta básica do mês anterior, seria de R$ 2.729,24.
O Dieese divulga todos os meses esses valores, os últimos
apresentados mostram aumentos sucessivos, todos bem abaixo do salário
atual. Em proporções, o salário do Dieese é quatro vezes maior que o
apresentado na lei orçamentária. Considerando que o valor da cesta básica
também aumentou, o reajuste não será suficiente para todas as demais
necessidades, como educação, saúde e lazer. Além disso, em alguns
estados o custo de vida é ainda mais elevado, o que torna esse aumento
ainda mais insignificante. Mesmo diante desta diferença, o reajuste salarial representa um ganho, mesmo que menor que o ideal, para todas as famílias brasileiras.
Resumo do dia
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