Cláudia*
tem 32 anos e, segundo ela, um grande problema: nunca experimentou um
orgasmo. “Namorei por quase quatro anos um mesmo cara. A gente se dava
muito bem na cama, ele era carinhoso e eu não tinha travas, era muito
solta, comprava lingerie, fazia de tudo. Eu gosto de sexo, sinto vontade
de fazer, mas, até hoje, nunca consegui gozar.” Ela conta que várias
vezes pensou que estava prestes a chegar lá, mas pedia para que seu
companheiro parasse.
“É como se eu fosse explodir. Ao mesmo tempo em que é bom, não consigo suportar a sensação intensa. Todos os caras com que já me relacionei me cobraram isso, acham ruim eu não gozar. Não sei o que tenho.”
“É como se eu fosse explodir. Ao mesmo tempo em que é bom, não consigo suportar a sensação intensa. Todos os caras com que já me relacionei me cobraram isso, acham ruim eu não gozar. Não sei o que tenho.”
Assim como Cláudia, 30%
das mulheres brasileiras com mais de 18 anos são afetadas pela disfunção
orgástica, que pode ser absoluta ou situacional, e bloqueia o orgasmo. O
número vem do último levantamento realizado sobre o perfil sexual da
população brasileira conduzido pelo Projeto Sexualidade (ProSex), da
Universidade de São Paulo (USP), com mais de 8 mil pessoas, entre homens
e mulheres do país. Apesar de elas iniciarem a vida sexual cinco anos
mais cedo em comparação há 40 anos, o estudo revela que 35% das mulheres
sofrem com a falta de desejo sexual, mais conhecida como frigidez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário