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sábado, 6 de outubro de 2012

Doenças mentais podem ser tratadas pela união da neurociência e psicanálise

Saúde
Desde o fim do século 19, duas perspectivas disputam o título de abordagem mais adequada para compreender e tratar doenças mentais. Uma delas é biológica: as explicações para as patologias psiquiátricas estariam no funcionamento do sistema nervoso central, e as intervenções psicofarmacológicas seriam o recurso para tratá-las. A outra perspectiva, inaugurada e até hoje fortemente influenciada pela psicanálise de Sigmund Freud, é mentalista: a experiência subjetiva e a psicoterapia seriam mais eficientes.
Essas duas visões raramente dialogaram, até que, na visão do psiquiatra Frederico Graeff, a neurociência proporcionou uma visão intermediária entre as duas e trouxe progressos para a compreensão e o tratamento de vários distúrbios. Entusiasta desse equilíbrio entre mente e cérebro, o professor titular da Universidade de São Paulo (USP) aposta no conceito da complementaridade para solucionar tal impasse, como deixou claro durante sua participação no 6º Simpósio Internacional de Neurociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado na semana passada em Belo Horizonte. Com o conceito, Graeff tenta resolver o desacordo entre as duas modalidades de conhecimento: a objetiva e a subjetiva, a neurociência e a psicanálise.
 Correio Braziliense

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