Economia
Governo vai reduzir o benefício aos poucos. Em julho, alíquota do imposto volta ao normal.
O desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, que terminaria na última segunda-feira (31) e foi prorrogado por mais 6 meses, vai diminuir aos poucos até a alíquota normal ser retomada, em julho. A partir desta terça (1º), o desconto já está menor. De janeiro a março, para carros com motor 1.0, o IPI, que estava
zerado, passa a ser de 2%, e sobe para 3,5% em abril. Em julho, volta à
alíquota normal, de 7%. Para carros com motor 1.0 a 2.0 flex, o IPI estava em 5,5%, com o
desconto. Entre janeiro e março, o imposto será de 7%; de abril a junho,
aumenta para 9%. E em julho retoma a alíquota normal, de 11%. Para carros com essa faixa de motorização, porém movidos apenas a
gasolina, o IPI, que estava em 6,5%, passa para 8%. Em abril, já será de
10%. E retomará a alíquota normal, de 13%, em julho.
'Impacto nos preços'
No último dia 19, quando o governo federal anunciou que o desconto
seria retirado gradualmente, o presidente da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvini Belini,
afirmou que haveria "impacto nos preços a partir de janeiro".
Em 2012, o governo decidiu dar desconto no IPI em maio, devido à alta
nos estoques de carros nos pátios das montadoras e nas lojas. As vendas
nos primeiros meses do ano estavam desacelerando em relação ao mesmo
período de 2011. Como resultado do benefício, o mês de agosto passado
foi o melhor para vendas de veículos em todos os tempos.
O IPI menor foi prorrogado 4 vezes, primeiro até aquele mês de agosto,
depois até outubro, numa terceira vez até dezembro e, mais
recentemente, até julho deste ano. Sempre perto do fim dos prazos, as
vendas tendiam a subir, enquanto nos meses intermediários chegou a ser
registrada queda.
O balanço de emplacamentos de 2012 será divulgado na próxima quinta (3)
pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave).
Em outubro, a entidade reviu para baixo a projeção de vendas para o
ano. É esperado que as vendas sejam 4,8% maiores que em 2011 -a previsão
anterior era de uma alta de 8,05%. Assim, o país deve fechar o ano com
3,5 milhões de carros emplacados.
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