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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Todos estão (quase) surdos

Por Isaac Ribeiro - Repórter                                                                    Alex Régis
Uso constante de fones de ouvido com volume muito alto, junto aos ruídos dos grandes centros urbanos, pode provocar perdas auditivas severas e levar à surdez precoce
 Uso constante de fones de ouvido com volume muito alto, 
junto aos ruídos dos grandes centros urbanos, pode provocar 
perdas auditivas severas e levar à surdez precoce
 Gosta de ouvir som todos os dias com fones sempre no volume máximo? Cuidado, pois, no futuro, você pode ser obrigado a trocar seu player de mp3 por um aparelho auditivo. Esse hábito, somado aos ruídos urbanos, do trabalho ou domésticos, estão levando cada vez mais pessoas aos consultórios dos otorrinos e fonoaudiólogos. E os jovens são uma presença frequente. Esse parece ser um problema crescente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma haver 360 milhões de pessoas com perda de audição no planeta. Segundo a entidade, são necessárias medidas urgentes de prevenção, principalmente para quem vive em grandes centros urbanos, deviso à exposição diária a ruídos acima da faixa entre 80 e 90 decibéis.

Além de ter de enfrentar o barulho de carros, buzinas, sirenes, britadeiras, há quem não saia de casa munido de seu aparelho de mp3, iPod, iPad, tablet, e até mesmo o celular — de uns 15 anos para cá, esse comportamento é considerado normal.

Com o som dos fones no volume máximo, abafa-se os ruídos externos, seja nas ruas, no ônibus ou no carro, rumo ao trabalho ou à escola, além de distrair e gerar a sensação de bem-estar. Isso sem falar na galera da malhação, que tem na música alta um incentivo a mais para a disposição na hora de malhar. 

O problema é que tudo isso junto pode provocar perdas auditivas em vários graus e provocar uma surdez precoce. Sim, a geração tecnológica pode  ser dependente de aparelhos auditivos num futuro (bem) próximo.

A fonoaudióloga Danielle Penna Lima diz haver um “leque gigante de fatores” que podem levar o paciente à perda auditiva, antecipando a presbiacusia, ou seja, a surdez pelo nosso envelhecimento natural, que vai acometer os idosos.”

Ela também comenta o número crescente de jovens em seu consultório, reclamando de zumbido nos ouvidos.

“Na sociedade atual, que a gente tem uma modernidade, todo mundo usa muito o tal do fone de ouvido, e hoje em dia isso é muito comentado, é interessante saber que o fone de ouvido se a pessoa utiliza por mais de duas horas diárias esse som não esteja numa intensidade acima de 85 decibels. E se utilizar um pouquinho além, por exemplo 90 dB, ele não vai poder usar mais de uma hora”, indica a médica.


Tribuna do Norte

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