O
cantor, na festa de lançamento da novela "Cordel Encantado", na casa
noturna Porto Alcobaça, em São Paulo em abril de 2011 (Foto: Deco
Rodrigues/Ed. Globo)
O
sanfoneiro, cantor e compositor Dominguinhos, que lutava contra um
câncer no pulmão há seis anos e estava internado desde o dezembro do ano
passado, morreu aos 72 anos na tarde desta terça-feira (23/7) no
Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP). Em
Garanhuns (PE), onde nasceu no dia 12 de fevereiro de 1941, José
Domingos de Morais, como foi batizado, travou os primeiros contatos com a
música graças ao pai, um conhecido sanfoneiro. Ainda menino, passou a
se apresentar em feiras ao lado dos irmãos, com quem formava o trio Os
Três Pinguins.
A dedicação à sanfona fez com que se
tornasse referência no instrumento. Aos nove anos, já era proficiente em
sanfonas de 48, 80 e 120 baixos. Luiz Gonzaga, que viu uma apresentação
do menino na porta de um hotel em que estava hospedado, ficou
impressionado com o talento de Dominguinhos, deu-lhe uma sanfona de
presente e o convidou a ir para o Rio de Janeiro. O jovem se mudou
em 1954. Dez anos depois, gravou o primeiro disco e, a partir de então,
a carreira decolou. Logo Dominguinhos tornou-se sinônimo de sanfoneiro e
de música nordestina, gravando com artistas como Elba Ramalho, Maria
Bethânia, Chico Buarque e Gilberto Gil. Entre seus maiores sucessos
destacam-se "Eu só quero um xodó" (parceria com Anastácia), "Isso aqui
tá bom demais" e "De volta pro aconchego" (ambas com Nando Cordel).
Ao longo de mais de mais de meio século de carreira,
Dominguinhos incorporou à sua música, além do baião, do xote e do forró
nordestino, elementos de bossa nova e jazz. Ganhou diversos prêmios como
o Grammy Latino em 2002 com o CD "Chegando de Mansinho" e o Prêmio
Shell de Música em 2010.
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