Oportunidade para quem compra, saldão é saída do comércio para manter vendas aquecidas num mês considerado fraco
Por Alex Costa // alexcosta.rn@dabr.com.br
Os chamados saldões de Natal viraram tradição no mês de janeiro, período em que normalmente os comerciantes renovam os seus estoques e dão cabo das mercadorias que não foram comercializadas durante o período de fim de ano. Além dos "mega-descontos", que chegam a 50% sobre o preço de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e artigos de vestuário, muitas facilidades de pagamento também são oferecidas, como o parcelamento em 18 meses sem juros no cartão, com entrada só em fevereiro ou março. Tudo para atrair a clientela.
Pesquisa e boa gestão do orçamento são dicas importantes para aproveitar temporada de saldões. Foto: Ovídio Carvalho/ON/D.A Press Que é positivo para o mercado potiguar e que gera movimento no comércio e o aumento da procura dos itens em saldão, isso é verdade. Diante dos resultados favoráveis no varejo em dezembro, segundo a Câmara dos Dirigentes e Lojistas de Natal (CDL/Natal) as liquidações passam a ser quesitos indispensáveis para impulsionar as vendas no mês de janeiro, considerado ao longo dos anos o pior de todos para o comércio.
"O comércio usa o artifício dos saldões paramovimentar o mercado e transformar o mês que tinha tudo para ser um mês morto num mês de grande movimento e de superação nas vendas", afirma Augusto Vaz, vice-presidente da CDL/Natal. Os gastos feitos em dezembro não amedrontam os consumidores atraídos pela pechincha. Todavia, há cuidados que precisam ser analisados e praticados.
Para um consumidor que voltou às lojas para trocar algum presente ou deixou para ir às compras apenas após os festejos do fim do ano, o momento é excelente para aproveitar. Televisões em led de 42 polegadas, que custavam R$ 2.100 aparecem por R$ 1.599, por exemplo. Os olhos brilham e a vontade de comprar aumenta. Porém, para o consumidor que já fez as suas compras de fim de ano e tem algumas dívidas a pagar no cartão de crédito, todo o cuidado é pouco.
Na ponta do lápis
Augusto Vaz explica que janeiro e fevereiro são os meses do ano em que o número de inadimplentes aumenta consideravelmente. Isso porque há muitos consumidores que não se lembram da existência de algumas contas a pagar nesse período. Além da fatura do cartão de crédito, que, de acordo com os economistas, não pode ultrapassar os 30% do orçamento total do consumidor, existem gastos como o pagamento das taxas de IPTU, IPVA, matrículas escolares e compra de materiais para estudantes que precisam ser levados em consideração.
"Nunca compre por impulso. Se você estiver com condições, tiver aquela renda elevada e que seja possível pagar tudo, invista nos produtos. Caso contrário, sente-se e faça na ponta do lápis a equalização do seu orçamento. Quais são as suas prioridades? Não dá para esperar mais um pouco para comprar? Dessa forma, é aconselhável, terminantemente, que sejam analisados todos os pontos e só depois se coloque a mão no bolso", finaliza Vaz.
Segundo informações da CDL Natal, produtos da linha branca estão em alta no mercado de vendas até março de 2012, quando a redução do IPI favorece as vendas de eletrodomésticos e afins.
Fonte: Diário de Natal
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