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sábado, 7 de julho de 2012

Médicos questionam prognóstico de déficit de atenção com hiperatividade

 Educação\ saúde
A cabeleireira Edna Alves de Freitas Tinoco, de 37 anos, não conseguiu completar os estudos. “Não me concentrava, tinha muita dificuldade e parei na 7ª série”, conta. Depois disso, casou-se, teve filhos e se entregou ao estresse do trabalho. Tentou duas vezes tirar a própria vida. No ano passado, descobriu ser portadora do transtorno de deficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Por 12 meses, viveu à base de ritalina, um dos medicamentos receitados para o caso.
“Não dormia direito e tive que tomar também antidepressivos. Mas fiquei mais concentrada e desacelerei. Foi bom para mim.” Este ano, largou a medicação, porém está diante de uma nova preocupação: seu filho Caio Vítor, de 12 anos, apresenta os sinais do distúrbio, a escola já “diagnosticou” o mal no menino e médicos indicaram as “drogas da obediência”. Mas Edna se recusa. “Ele está amadurecendo. É um remédio forte, não quero isso para ele.” Edna, que sentiu as consequências diretas da falta do tratamento e as reações fortes das medicações, faz parte da realidade de cerca de 4% dos adultos que sofrem com o transtorno no mundo, segundo estima a Organização Mundial da Saúde (OMS). Seu filho Caio também pode estar na estatística, uma vez que a OMS calcula que entre 5% e 10% de crianças e adolescentes de todo o planeta sofram do distúrbio, que pode ser passado de pais para filhos.

Correio Braziliense

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