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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Petrobras pleiteia novo reajuste

Economia
Foto: Rodrigo Sena
Setor de combustíveis no Brasil aposta que reajuste de 7 por cento no preço da gasolina será anunciado pelo Governo na próxima semana
Setor de combustíveis no Brasil aposta que reajuste de 7 por cento no preço
 da gasolina será anunciado pelo Governo na próxima semana
Por Sabrina Valle Agência Estado

Rio (AE) - A diretoria da Petrobras pediu ao seu conselho de administração um reajuste nos preços de diesel e gasolina para este mês como forma de garantir os projetos previstos em seu plano de negócios, segundo fontes. A empresa espera uma recomposição dos 15% de aumento nos dois combustíveis, conforme indica o plano de negócios para o período 2012-2016, divulgado em junho passado. A estimativa do plano, calculada para sustentar os US$ 236,5 bilhões de investimentos previstos para o período, foi apenas parcialmente atendida no ano passado pelo governo - a União é sócia controladora da companhia. A gasolina foi reajustada nas refinarias em 7,83% em 25 de junho. O diesel recebeu dois reajustes, um de 3,94%, em 25 de junho, e outro de 6%, em 16 de julho. O possível aumento neste mês não acabaria com a defasagem de preços dos combustíveis vendidos pelas refinarias da Petrobras em relação ao mercado internacional, mas garantiria a manutenção de projetos e investimentos da companhia e aliviaria o caixa, que amarga perda de cerca de US$ 1 bilhão ao mês com a diferença dos preços de importação de diesel e gasolina.
O cenário apresentado pela presidente Graça Foster ao conselho de administração da empresa, em reunião realizada em setembro, sugeria um aumento, em janeiro, de forma a recompor a diferença que falta para chegar aos 15% pedidos no plano de negócios, informou a Agência Estado na época. O cenário seguiu inalterado. Neste caso, o aumento seria na casa dos 7% para a gasolina e dos 5% para o diesel. Fontes da reportagem em Brasília dizem que o aumento seria concedido na semana que vem.

Segundo as fontes, a empresa não espera porcentuais maiores neste momento. Embora Graça defenda a convergência de preços com os do mercado internacional, um novo pedido de reajuste poderia ficar para a próxima revisão do plano de negócios quinquenal da petroleira, em meados do ano, possivelmente em julho.

O aumento proposto pela diretoria da estatal para janeiro visava a aproveitar o alívio para a inflação com a redução de 20% nos custos com energia, seguindo o anúncio da presidente Dilma Rousseff do ano passado. Um reunião de conselho de administração estava marcada para a próxima sexta-feira (18), mas foi remarcada para 4 de fevereiro. Há expectativa, internamente, de que o aumento ocorra antes desse encontro.

Caso não seja concedido o reajuste, a Petrobras deve reavaliar a lista de projetos no plano de negócios. Entre os investimentos listados como "em avaliação" estão as refinarias Premium, no Nordeste, e a segunda fase do Comperj, no Rio de Janeiro - todos projetos bilionários que teriam repercussões políticas caso encolhidos ou eliminados.

Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a defasagem de preços está hoje em 15,9% no caso da gasolina e em 23% no caso do diesel. Os aumentos previstos engordariam o caixa da empresa em R$ 600 milhões por mês.

Não houve discussão nas últimas semanas no conselho de administração da Petrobras sobre um aumento do porcentual de etanol à gasolina, de 20% para 25%, segundo fontes. Mas, a elevação do porcentual está extraoficialmente autorizada pelo governo há pelo menos três meses, para meados deste ano, podendo ser antecipada para até abril, dependendo da colheita da cana-de-açúcar.

Tribuna do Norte 

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