Da redação: Na minha opinião, o correto seria proibir todo e qualquer uso desta droga silenciosa e tão perversa. Essa história que o plantio e a fabricação do cigarro gera emprego, é a mesma justificativa que se usa em nossa cidade para justificar a construção de uma cadeia pública. Temos que analisar é o custo benefício para a população em geral, não apenas uma pequena parte. Se o nobre deputado Luis Carlos
Heinze (PP-RS) tivesse um membro de sua família ceifado pelo uso do cigarro, tenho certeza que teria outra opinião.
Veja a matéria.
A
polêmica proibição à fabricação e à venda de cigarros com aromas e
sabores artificiais movimenta os três poderes do País. A Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) deve votar, em fevereiro, o
projeto (PDC 3034/10) que anula o processo de revisão de uma resolução
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o tema. A Anvisa quer endurecer as regras para banir o uso de aditivos,
inclusive cravo, mentol e outras substâncias que potencializam a ação da
nicotina no organismo. Mas o autor do projeto, deputado Luis Carlos
Heinze (PP-RS), avalia que a medida extrapola os poderes da Anvisa e tem
impacto negativo na cadeia produtiva do fumo. "É um prejuízo enorme. Nós temos, no Brasil, cerca de 250 mil
famílias que plantam e mais de 500 mil famílias que trabalham
diretamente na atividade, além dos empregos indiretos. Então, é uma
responsabilidade muito grande se a gente interferir nesta cadeia, neste
momento”, diz Heinze.
“Eu não discordo quanto aos danos à saúde, mas é em outro fórum que
isso tem de ser discutido”, acrescenta o parlamentar. “Chamamos o
Executivo e o Legislativo e vamos discutir essa questão, mas não
deixando que a Anvisa possa arbitrar ao seu bel prazer."
Atrair consumidores
O projeto de Heinze já foi aprovado na Comissão de Agricultura,
Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e recebeu parecer
favorável do relator na CCJ. No entanto, o texto foi rejeitado na
Comissão de Seguridade Social e Família.
O coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio
Perondi (PMDB-RS), afirma que a indústria usa aditivos para atrair
consumidores jovens e reverter a queda progressiva na venda de cigarros.
Perondi explica por que se posiciona a favor da Anvisa. "Hoje, o fumo
e o álcool são responsáveis por 200 mil mortes no País. O fumo é causa
direta de câncer e de doenças cardiovasculares, principalmente o infarto
de miocárdio. O fumo é uma causa direta de prematuridade à gravida. E é
a principal despesa da saúde pública no Brasil; então, nós não podemos
estimular o consumo do fumo."
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