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domingo, 27 de outubro de 2013

Ministro diz que grafia de gasolina em charge na prova do Enem respeitou época do texto



Por Mariana Tokarnia Repórter da Agência Brasil 
Brasília - Em coletiva com a imprensa, hoje (27), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comentou a questão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de ontem (27), na qual aparece uma charge em que a palavra gasolina é grafada com a letra z. Segundo o ministro, na prova, a charge aparece grafada da maneira como foi escrita na época, na década de 60. none;">A questão trata de uma charge que ironiza a política desenvolvimentista do governo de Juscelino Kubitschek. Na charge, o então presidente aparece conversando com um personagem chamado Jeca. O diálogo é o seguinte:
“JK - Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gazolina brasileira. Que mais quer?
JECA - Um prato de feijão brasileiro, seu doutô".
O texto é de autoria do chargista Théo e foi retirado do livro Uma História do Brasil Através da Caricatura (1840-2001).
"A charge é de 1960 e contextualiza o tema da época", disse. Perguntado se o Ministério da Educação não deveria ter grafado da maneira correta para os dias de hoje, ele diz que isso é um debate pedagógico que deve ser incentivado.
Outra questão que chamou a atenção de professores, como o especialista em Enem e presidente de honra do Cursinho Henfil de São Paulo, Mateus Prado, é também da prova de ontem. A questão é sobre um experimento, segundo ele, famoso na biologia, do médico Willian Harvey. A mesma gravura sobre o experimento com a circulação humana foi usada na prova de biologia da segunda fase da Fuvest, em 2007.
O texto das questões dos dois exames não é semelhante, mas segundo o professor, o conteúdo sim. Ele diz que a chance de os estudantes a conhecerem é grande: "Temos ela na nossa apostila de exercícios", diz Prado. Ele acredita que aqueles que não a conhecem podem ter tido uma certa desvantagem.
O Enem foi aplicado neste final de semana a mais de 5 milhões de candidatos em 1.161 cidades. Foram mais de 16 mil locais de prova e cerca de 648 mil trabalhando para a execução do exame.

Um comentário:

Canindé Rocha disse...

Concordo que determinadas situações ocorridas na aplicação do ENEM devem ser contestadas e corrigidas, porém tenho observado que desde sua criação como forma de acesso das classes populares à universidade, que a grande mídia e as elites conservadores sempre têm buscado a cada ano desqualificar o ENEM. É preciso que estejamos atentos o que realmente são falhas que devem ser corrigidas e o que é jogado mera notícia para tentar mostrar que esse exame não presta, não tem qualidade... e dessa forma tentar, sem sucesso acabar com o ENEM, já que muitos não se conformam em ver jovens vindos de baixo entrando em universidades e cursos que antes eram privilégio apenas de alguns, como ocorria no tempo em que prestamos vestibular, que estávamos condicionados a fazer apenas cursos tidos pela elite como de segunda qualidade (Pedagogia, História, Letras ou Economia). ainda bem que isso mudou, mesmo que para desespero de alguns.

Canindé Rocha - Professor da Rede Pública de Ensino em Lajes RN