Hoje é o dia em que se comemora a libertação dos escravos, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea libertando os negros da escravidão. Mas será que de lá pra cá mudou muita coisa para o negro? E o racismo ainda existe?
Em entrevista a Radio Globo Brasil o Professor e Historiador Chico Alencar esclarece algumas questões sobre o negro e o racismo.
Segundo o professor quando a Lei Áurea foi assinada já havia uma pressão muito grande, primeiro dos próprios escravos, desde Zumbi dos Palmares 200 anos antes da Lei Áurea já havia muita luta, os negros não aceitavam aquela vida de opressão, se rebelavam, fugiam para formar os Quilombos.
Indagado se o surgimento das máquinas teria contribuido para a acelerar o abolição dos escravos o professor afirma que no século XIX ainda não havia o motor a explosão, mais já existia o motor a vapor, tração animal mais desenvolvida e o escravo era uma técnica de produção muito precária, pois ele fazia tudo com sua propria força. Segundo ele, havia também o interesse de se receber um salário para que a Inglaterra e outros países industriais vendessem aqui no Brasil, máquinas e outros utensílios. Como o escravo era um não consumidor esses países também tinham o interesse em acabar a escravidão. Quando a Lei Áurea foi assinada o número de escravos era muito pequeno, em torno de 8% em relação da população, ainda assim foi muito importante, mas infelizmente ficaram os resquicíos de 300 anos de escravidão.
Em relação a existência do racismo no Brasil, o professor afirma que sim, mesmo que disfarçado e sutil. É mais econômico, mas ainda há muito por conta da cor da pele.
Em relação as cotas, ele afirma que é uma conquista importante pois algum tempo atrás só os ricos e brancos é que tinham acesso as boas universidades, mas afirma que espera no futuro não precisar mais delas.
Ouça essa reportagem aqui.
Em relação as cotas, ele afirma que é uma conquista importante pois algum tempo atrás só os ricos e brancos é que tinham acesso as boas universidades, mas afirma que espera no futuro não precisar mais delas.
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