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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Alimentos em Extinção: coma antes que acabe!

A Revista Mundo Estranho deste mês traz uma matéria sobre alimentos que correm o risco de entrarem em extinção, isso mesmo, que correm o risco de desaparecerem, são mais de 750 produtos que podem sair definitivamente do cardápio de aproximadamente 48 países, o levantamento foi feito pela ONG Slow Food, segundo o estudo as principais causas que levam os alimentos a entrarem nesta lista são: perda da tradição no modo de preparo; produção complexa; coleta não sustentável; localização do produto em área devastada; e desinteresse mercadológico, que faz com que produtores desistam de cultivar determinadas espécies.
Vou citar no post somente alguns alimentos  brasileiros ameaçados de extinção:
MARMELADA DE SANTA LUZIA
PAÍS Brasil
AMEAÇAS Perda da tradição e desinteresse mercadológico.
Surgiu em comunidades de descendentes de escravos na região de Luiziânia, Goiás. Desde o século 17, a receita é passada de geração a geração, e hoje está nas mãos de 30 famílias. O volume de produção é pouco, atendendo regiões vizinhas.
ARATU
PAÍS Brasil
AMEAÇAS Coleta não sustentável e devastação ambiental.
O caranguejo vermelho está cada vez mais raro nos mangues de Sergipe. Isso se deve à captura de aratus pequenos e fêmeas em fase reprodutiva. Toxinas liberadas pela ração dada a camarões criados na região também dizimam os aratus.
>> Para tentar salvar os aratus, projetos de coleta responsável dos bichos estão sendo instituídos entre os produtores
PALMITO-JUÇARA
PAÍS Brasil
AMEAÇA Coleta não sustentável.
A variedade de palmito mais ameaçada cresce em áreas de mata Atlântica no Sul e no Sudeste do país. Extraído de modo predatório há décadas, o alimento só não desapareceu por causa do plantio de palmeiras juçara em reservas indígenas.


Refletindo…
É visível que muitas vezes a perda da identidade de um povo, cultura, mudança de hábitos, e a complexidade no cultivo acarretam a extinção de produtos alimentícios, mas no caso dos 23 alimentos ameaçados no Brasil, como o: umbu – fruta do Nordeste –, arroz vermelho, néctar de abelha, castanha de baru, palmito-babaçu e pirarucu – peixe amazônico, o palmito juçara, o aratu e a marmelada, estes três últimos foram citados no texto, a grande parte deles em nosso país está ameaçada pela devastação do ambiente e pela coleta indiscrimanada, que a revista chama de não sustentável, o que quer dizer o seguinte, tiramos, tiramos, achando que nunca iria acabar e sem respeitar os períodos reprodutivos.
No caso do palmito por exemplo, enquanto os animais se alimentam somente do fruto, e desta forma contribuem para a dispersão de sementes, garantindo a reprodução da planta, nós acabamos com a árvore para consumir o colmo, um tipo de caule. O título do post está em tom irônico para nossa situação, pois se eu pensasse realmente assim, não estaria nem aí.
O desaparecimento de certos alimentos, nos deixam com menos opções e isto é preocupante, o uso inadequando da terra, a devastação do ambiente, as práticas extrativistas, a falta de respeito com o período de defeso, podem nos fazer penar no futuro, ainda mais com a população crescendo e o aumento da esperança de vida.
Temos que pensar no presente e desta forma garantirmos alimentos para o futuro!

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