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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Meteoros podem chegar a uma velocidade de até 30 mil km/h



Rastro do meteoro que caiu na Rússia nesta sexta-feira visto do céu de Chelyabinsk, na região dos Montes Urais
Foto: Yekaterina Pustynnikova / AP
Rastro do meteoro que caiu na Rússia nesta sexta-feira 
visto do céu de Chelyabinsk, na região dos Montes
Urais Yekaterina Pustynnikova

BERLIM - Um meteoro explodiu no céu acima de Rússia nesta sexta-feira, ferindo centenas de pessoas como seus fragmentos caíram no chão, nos Montes Urais. Abaixo, uma lista com as principais dúvidas sobre um evento deste tipo. A Nasa desenvolveu um aplicativo online, usando Google Earth, que simula o impacto causado por um meteoro em qualquer ponto do planeta. Qual é a diferença entre um meteoro e um meteorito? Meteoros são pedaços de rocha espacial, geralmente de cometas ou asteroides maiores, que entram na atmosfera da Terra. Muitos são queimados pelo calor da atmosfera, mas aqueles que resistem e atingem a Terra são chamados de meteoritos. Muitas vezes atingem o solo a uma velocidade tremenda - até 30 mil quilômetros por hora e que libera uma enorme quantidade de energia, de acordo com a Agência Espacial Europeia.
Qual a frequência das chuvas de meteoritos?
Especialistas dizem que ataques menores acontecer de cinco a 10 vezes por ano. Grandes impactos, como na sexta-feira na Rússia são mais raros, mas ainda ocorrem a cada cinco anos, de acordo com Addi Bischoff, um mineralogista da Universidade de Muenster, na Alemanha. A maioria destes ataques acontece em áreas desabitadas onde eles não causam acidentes.
Existe alguma ligação deste evento com o meteoro que está para passar pela órbita da Terra durante a tarde desta sexta-feira?
Não, é apenas uma coincidência cósmica, de acordo com a porta-voz da Agência Espacial Europeia Bernhard Von Weyhe, que diz que o asteroide 2012DA14 não tem relação com a chuva de meteorito na Rússia.
Quando foi a última ocorrência semelhante a esta?
Em 2008, astrônomos avistaram um meteoro em direção a Terra cerca de 20 horas antes de entrar na atmosfera. Ela explodiu sobre o Sudão, na África, sem causar lesões conhecidas. A maior chuva de meteorito nos últimos tempos foi o "evento de Tunguska", que atingiu a Rússia em 1908. Mesmo assim, muito maior do que a que aconteceu sobre a Rússia na sexta-feira, e não feriu ninguém. Os cientistas acreditam que um ataque ainda maior de meteoros pode ter sido responsável pela extinção dos dinossauros, cerca de 66 milhões de anos atrás.
O que os cientistas podem aprender com a queda de meteoro desta sexta-feira?
Bischoff diz que os cientistas e colecionadores provavelmente já estão correndo para encontrar pedaços do meteorito. Alguns meteoritos podem ser muito valioso, à venda por até R$ 1.300 por grama, dependendo de sua composição exata. O valor é alto porque meteoros ficam praticamente inalterados durante bilhões de anos - ao contrário das rochas da Terra que foram afetadas pela erosão e erupções vulcânicas -, e os cientistas vão estudar os fragmentos para saber mais sobre as origens da matéria.
O que aconteceria se um meteorito atingisse uma grande cidade?
Os cientistas esperam para que nunca ocorra, mas eles ainda estão tentando se preparar para um evento como esse. Von Weyhe, o porta-voz da Agência Espacial Europeia, diz que especialistas da Europa, Estados Unidos e Rússia já estão discutindo como identificar potenciais ameaças mais cedo e evitá-los.
- É um desafio global e precisamos encontrar uma solução em conjunto - disse ele. - Mas uma coisa é certa, o método Bruce Willis, de Armageddon, não vai funcionar.


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