Foto: Adriano Abreu
Se consumida em excesso, carne vermelha pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares |
Por Isaac Ribeiro - Repórter
A carne sempre exerceu papel
fundamental na história e no desenvolvimento da humanidade. Desde os
nossos ancestrais das cavernas que ela está entre os alimentos
preferidos do homem — nem mesmo o advento da agricultura conseguiu mudar
esse comportamento; seja pela sobrevivência ou pelo sabor. Somos
comedores de carne! Mas apesar de ser fonte indispensável de proteína
para o nosso organismo e de possuir vitaminas não encontradas em nenhum
outro alimento, seu consumo em excesso pode aumentar os riscos de
doenças cardiovasculares.
Já
não bastasse os males causados pelo colesterol e pela gordura,
cientistas descobriram mais um ponto negativo para quem come bastante
carne vermelha. Quando o nutriente L-carnitina — usado inclusive em
suplementos alimentares e em dietas para emagrecer — é metabolizado por
bactérias no interior do intestino, é produzida uma substância que gera
acúmulo de gordura nas paredes das artérias, o que pode resultar num
processo de aterosclerose. A notícia foi publicada na revista Nature
Medicine.
“A medida em que se come muita carne, cria-se o
ambiente propício para que esses micro-organismos se multipliquem. E
isso, obviamente, cria uma cascata de eventos que são promotores de
aterogênese (entupimento dos vasos), como acontece com o estímulo do
aumento do colesterol”, comenta a cardiologista Fátima Azevedo.
Para
ela, isso reforça a orientação de manter sempre uma dieta equilibrada,
com o consumo de 150g a 200g de carne por dia, como recomendado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS). “É o suficiente para manter um
equilíbrio dietético.”
Além de consumir carne de forma moderada,
deve-se observar também o modo de preparo e optar sempre por cortes mais
magros. Então, para viver mais e melhor, está na hora de regular as
idas semanais à churrascaria.
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