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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Obesidade infantil tem relação direta com sedentarismo

Segundo especialista, é essencial diminuir o consumo
 de gorduras animais, açúcar refinado e sal.
De acordo com o estudo, que ouviu mais de 17 mil crianças, três em cada dez crianças, entre 6 e 10 anos, são consideradas acima do peso. Desse número, 14% podem ser classificadas como obesas. No Brasil, os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada três crianças está com peso acima do percentual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse impacto na saúde das crianças é reflexo da vida nas grandes cidades.
Com as metrópoles com poucas opções de diversão, a garotada prefere ficar em casa para assistir TVs, filmes, programas ou jogos eletrônicos. Aliado a esse fator, as emissoras investem cada vez mais na programação infantil diferenciada e nos constantes lançamentos de jogos.
De acordo com a nutricionista Fátima Barros, do Hapvida, esse resultado é reflexo do sedentarismo das crianças. “Elas estão diminuindo a prática de atividades físicas. Por causa dos jogos eletrônicos, elas não brincam de correr, pular. Agora, elas só querem saber das novas opções de entretenimento oferecidas pelos jogos eletrônicos e pela televisão”, explica Fátima. A especialista destaca que isso reflete diretamente na alimentação. “A atividade física incentiva o compromisso da criança no controle alimentar e propicia a melhora da autoestima”, diz.
A nutricionista explica que vários fatores contribuem para o grande número de casos de crianças obesas. Entre eles, os fatores etiológicos, como: genético (crianças que são filhas de pais com sobrepeso têm mais possibilidade de apresentar o mesmo perfil), fisiológicos (fatores endócrinos e metabólicos), ambientais (prática alimentar e atividade física) e psicológicos. “A história alimentar é muito importante para determinar a ocorrência da obesidade e de outros distúrbios de comportamento alimentar”, orienta Fátima.
Como método de prevenção, a nutricionista aponta que a base de uma alimentação equilibrada é refeição saudável combinada com atividade física. “É fundamental a criança reduzir fast-food, alimentos ricos em gorduras, refrigerantes e açúcares”, explica. Segundo ela, a forma de preparar os alimentos e a quantidade ingerida fazem que algumas crianças consumam mais comida do que precisam e, por isso, ganhem peso. “É necessário assegurar a qualidade nutricional e a quantidade adequada, através de uma refeição satisfatória”, explica.
Desde os últimos anos, o brasileiro vem aumentando o peso. Pelo menos é o que apontam os números do IBGE. Segundo os dados, o excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% e o excesso em mulheres foi de 28,7% para 48%. Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 2,6 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa da obesidade ou do sobrepeso. A OMS calcula que, em todo o mundo, mais de um bilhão de adultos estão acima do peso. Destes, 300 milhões são obesos.
 De acordo com Fátima Barros, o melhor tratamento da criança obesa não deverá ser feito com dietas restritivas; é necessário fazer uma reeducação alimentar. “Os pais devem fazer um trabalho de reeducação alimentar. Isso requer tempo. Eles devem sempre estimular o consumo de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais e grãos intestinais”, explica. Ela ainda afirma que é preciso diminuir o consumo de gorduras animais, açúcar refinado, sal e alimentos ricos em sódio.

Jornal de Fato
Coluna Mulher

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