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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Manual de primeiros socorros: veja o que fazer em casos de acidentes domésticos com crianças

Por Bruna Capistrano
Fique atento à lista da Sociedade Brasileira de Pediatria com os acidentes mais frequentes entre as crianças de acordo com a faixa etária:
- 0 a 1 ano: quedas (do trocador, da cama, ou do colo), asfixia, sufocação, aspiração de corpos estranhos, intoxicações, queimaduras (com água quente, ou cigarro).
- 2 a 4 anos: quedas, asfixia, sufocação, afogamentos, intoxicações, choques elétricos, traumas.
- 5 a 9 anos: quedas, atropelamentos, queimaduras, afogamentos, choques elétricos, intoxicações, traumas.
- 10 a 19 anos: quedas, atropelamentos, afogamentos, choques elétricos, intoxicações, traumas.
Milho, feijão e amendoim são os grãos que mais causam engasgos em bebês, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Se o seu bebê engasgou durante a mamada, tire-o do seio e coloque-o deitado de lado na cama que a tosse natural se encarregará de resolver o problema. Entre as crianças, se a respiração estiver muito obstruída e a cor do rosto estiver caminhando para o roxeado, a recomendação principal é entrar em contato com um serviço de emergência. Jamais tente tirar a comida ou objeto da garganta da criança: isso pode piorar as coisas caso a comida entre mais fundo.
Normalmente, de acordo com a SBP, o procedimento indicado para salvar crianças menores de 1 ano é: apoiar o bebê no braço, com o rosto virado para o chão, e dar cinco palmadas nas costas, seguida de cinco compressões no peito, com a criança de frente, até que o objeto seja expelido ou a criança reaja. No caso das crianças acima desta idade, a SBP recomenda fazer a Manobra de Heimlich, ou seja, "fazer compressões abaixo das costelas, com sentido para cima, abraçando a criança por trás, até que o
 objeto seja expelido". 
Se você vir seu filho levando um choque, antes de interromper o contato da criança com a corrente elétrica, desligue a chave geral da casa ou tire o fio da tomada. Não toque na criança até que ela esteja separada da corrente elétrica. Se você não estiver protegida, remova o fio com um cabo de vassoura, tapete de borracha ou outro objeto isolante para não levar choque junto com a criança. Por segurança, leve seu filho ao hospital para analisar se houve queimaduras e danos internos. Qualquer choque elétrico, por mais simples que possa parecer, é potencialmente grave. As queimaduras na boca e nos lábios podem ser graves porque a boca é, normalmente, um ambiente molhado, o que diminui a resistência da pele e aumenta a intensidade da corrente.
Se a criança sofreu ferimento sem corte profundo, coloque gelo. Se sangrou, é preciso comprimir o local do ferimento com um pano limpo e seco para parar sangramento, e levá-la ao hospital. Se o corte for na cabeça, não lave e siga direto para o hospital.
Ferimentos muito sujos ou contaminados, com terra por exemplo, devem ser lavados com água corrente. Em seguida, seque e comprima. Cortes na região dos olhos devem ser lavados com água corrente por, pelo menos, 5 minutos.
Se o seu filho ingeriu algum medicamento ou produto químico, não entre em pânico. Verifique a bula do remédio e observe as instruções para os casos de intoxicação, já que em todos os medicamentos essas informações são obrigatórias. Se houver ingestão de produto químico, não é recomendado provocar vômito: se a substância for corrosiva, pode provocar mais e maiores lesões ao ser expelida pela boca. Se a criança estiver mole, inconsciente e querendo desmaiar, ela também pode engasgar e ingerir o vômito. Também não ofereça qualquer produto ou líquidos à criança, como o leite. Use o bom senso e aja rapidamente, entrando em contato com o Disque-Intoxicação da Anvisa, que funciona 24h por dia, no telefone: 0800-722-6001.
A primeira atitude do responsável depende da altura da queda e da criança, além do tipo de superfície em que ela caiu - grama, areia, tapete emborrachado, que acabam amortecendo, ou o chão. Se o seu filho caiu de uma altura maior ou igual a 1,5m, mesmo não apresentando sintomas aparentes, vá para o hospital, independente da idade e do piso. Se for um bebê, o limite é de 1,3m. Ou seja, se o bebê caiu do trocador ou do colo de um adulto, é preciso levá-lo ao médico com urgência. Se após a queda, a criança não tiver lesão aparente, observe a reação do pequeno após o acidente. Leve ao hospital em caso de palidez, vômito, choro, voz ou comportamento diferente do normal.
Jamais use qualquer receita caseira para tratar a queimadura. Pasta de dente, pó de café, margarina ou outras lendas só pioram o tratamento. O correto é deixar o ferimento sob água corrente, de 5 a 10 minutos. A água limpa a lesão, alivia a dor, impede que a pele inche e não deixa que a queimadura se aprofunde. Se a área lesionada estiver coberta com roupa, não retire o tecido, pois isso pode fazer com que a camada de pele seja arrancada, piorando a lesão. Nunca estoure a bolha ou coloque gelo na lesão, e deve ser feita a hidratação da criança com água ou suco de frutas. Se a queimadura for grave, dê um analgésico para aliviar a dor, envolva a criança em um pano limpo e leve-a ao hospital. No caso dos bebês, a maioria das queimaduras acontece com água quente durante o banho ou ingestão de líquidos muito quentes na mamadeira. A temperatura ideal para o banho do bebê é de até 37°C e para assegurar que a temperatura está boa, coloque primeiro a água fria e vá temperando com água quente, testando a temperatura com a mão ao movê-la em toda a banheira. O leite pode ser dado à criança em temperatura ambiente, mas se você preferir esquentar o líquido, não use o micro-ondas para isso. O risco de queimaduras graves na boca e na garganta são maiores.

Fonte: Gnt com alterações

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