O refluxo gastroesofágico
é causado por alterações anatômicas na maioria dos casos, que permite o
retorno do conteúdo estomacal para o esôfago. Fisiologicamente, os
alimentos chegam ao estômago passando pela faringe e em seguida pelo
esôfago, só depois caem na cavidade estomacal. Entre o esôfago e o
estômago há uma válvula que impede o retorno dos alimentos e do suco
gástrico. Quando há uma alteração nessa estrutura, forma-se uma protusão
chamada de hérnia de hiato.
O conteúdo que retorna as vias superiores ao estômago geralmente
geram alterações simples como disfunções dentárias e um gosto ruim na
boca, mas também podem acabar prejudicando a laringe, inflamando-a e os
pulmões, gerando pneumonias e outras alterações. Os sintomas mais
comuns são: azia, com uma sensação de queimação que pode se assemelhar a
angina, dor torácica que antecede o infarto ou a isquemia no tecido
cardíaco.
O diagnóstico clínico do refluxo gastroesofágico é feito com a
endoscopia digestiva seguido de uma pHmetria, medida do pH do trato
digestivo. O tratamento proposto será com base na gravidade do
refluxo, podendo ser conduzido com a administração de medicações que
diminuem a produção de ácido pelo estômago e com isso melhoram a
motilidade do esôfago. Além disso, mudanças de hábitos alimentares, que
incluem a exclusão do cardápio de alimentos e bebidas que aumentam o
refluxo, bem como a prática de exercícios físicos ,são algumas das
orientações que o paciente deve seguir. Nos casos mais graves, pode ser
necessário a realização de cirurgia, em que é feita uma dobra em torno
do esôfago que impede o refluxo.
Vale lembrar que algumas situações fisiológicas como a gravidez ou o
uso de medicamentos específicos podem aumentar o refluxo. No caso de
crianças e recém nascidos que apresentam refluxo, as alterações que o
causam podem ser revertidas sem a necessidade de cirurgia ou outro
tratamento. No entanto, em todo caso é necessário uma avaliação médica.
Resumo do dia
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