Obrigado por estar aqui , você faz parte deste número

sábado, 5 de outubro de 2013

Saldo da poupança bate recorde

Foto: Júnior Santos
O total de aportes na poupança, este ano, chega a R$ 1 trilhão 
 O total de aportes na poupança, este ano, chega a R$ 1 trilhão
Brasília (AE) - Os brasileiros nunca aplicaram tanto na poupança em um mês de setembro quanto neste ano. Segundo dados do Banco Central (BC) divulgados ontem, a entrada líquida de recursos na poupança, já descontados os saques, registrou a quantia recorde para o mês de R$ 6,7 bilhões. O resultado de setembro foi fruto de depósitos de R$ 116,2 bilhões e saques de R$ 109,5 bilhões.
A captação da poupança foi a terceira maior do ano, perdendo apenas para os meses de junho e julho, ambos com saldos na casa dos R$ 9 bilhões. Em agosto, a entrada líquida ficou positiva em R$ 4,6 bilhões.

Com o incremento de setembro, o total depositado na caderneta nos primeiros nove meses encosta no saldo de 2012 inteiro. De janeiro a setembro, a soma líquida está em R$ 48,9 bilhões, também recorde para o período. Em igual período do ano passado, a entrada foi de R$ 33,1 bilhões e ao longo de todo 2012, de R$ 49,7 bilhões.

Pela primeira vez neste ano, o total de aportes no investimento chegou a R$ 1 trilhão. No ano passado, a marca foi batida um mês depois, em outubro. Conforme os dados do BC, o ingresso de recursos de janeiro a setembro foi de R$ 1,040 trilhão ante retiradas de R$ 991 bilhões.

Remuneração

A conjunção de números positivos revela que a aplicação segue como importante forma de investimento dos brasileiros, apesar das mudanças nas regras de remuneração, que diminuíram o rendimento da caderneta nos depósitos feitos entre maio do ano passado e agosto deste ano.

Pela nova forma de remuneração, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 9% ao ano. Quando a taxa básica supera 8,75% ao ano, passa a valer a regra antiga, de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.

Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC voltará a se reunir para definir o rumo da Selic. A aposta majoritária de analistas do mercado financeiro é de nova alta de 0,50 ponto porcentual dos juros, para 9,50% ao ano. Depois das mudanças no cálculo de remuneração, o mês de setembro foi o primeiro que registrou o mesmo retorno dos investimentos tanto para os depósitos realizados antes quanto os depois das alterações. Conforme o BC, em 3 de outubro, a rentabilidade estava em 0,585% ao mês nos dois casos.

Pelo histórico do BC, há 19 meses a poupança mais atrai do que afasta investidores. A última vez que o resultado mensal ficou negativo foi em fevereiro do ano passado, quando os saques superaram as entradas em R$ 412,5 milhões. Na avaliação de especialistas, o brasileiro continua fiel à aplicação não apenas pela facilidade de fazer retiradas e depósitos como também pela isenção de Imposto de Renda.

Resumo do dia 

Nenhum comentário: