A Pesquisa do Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostra que o brasileiro consome, em média, 12 gramas
de sódio por dia, considerando o sal de mesa e o sódio dos alimentos. O
consumo é mais que o dobro das cinco gramas diárias recomendadas pela
Organização Mundial de Saúde. Por esse motivo, o Ministério da Saúde e a
Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) firmaram um
novo acordo destinado a diminuir a quantidade do produto em alimentos
industrializados.
A meta é que, nos próximos quatros anos, seja reduzido: 68% do sódio no
queijo mussarela, 63% no requeijão cremoso, 59% em hambúrgueres, 54,8%
em empanados, 29,8% em salsichas e 33,2% em sopas prontas. Com o
compromisso, chega a 16 o número de grupos alimentares incluídos. A meta
nacional é retirar 28 mil toneladas de sódio de alimentos até 2020.
O acordo, que tem adesão voluntária, estabelece o acompanhamento das
informações da rotulagem nutricional dos produtos e as análises
laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos
ingredientes à base de sódio pelas indústrias. O mineral é usado não só
para dar sabor, mas também por outras funções tecnológicas, incluindo a
de conservante.
Desde o início de 2013, estão sendo coletadas e analisadas amostras de
categorias de produtos firmados nas duas primeiras etapas da parceria,
entre eles, macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinhas.
A cooperação, iniciada em 2007, inclui também a redução de outros
componentes em alimentos processados. Até 2013, já foram retiradas 230
mil toneladas de gordura trans do mercado. Estudo feito pela ABIA, em
parceria com o governo federal, revelou que 94,6% das empresas ligadas à
entidade, alcançaram a meta estabelecida há seis anos, que limita a 5%
de presença de gordura trans do total de gorduras em alimentos
industrializados e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas.
O sódio está presente no sal de cozinha e em produtos industrializados.
Seu consumo em excesso está associado a uma série de doenças, sobretudo
à hipertensão arterial. A doença, segundo o novo levantamento
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, atinge 24,3% dos brasileiros hoje.
Jornal de Fato
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