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sábado, 16 de novembro de 2013

Acordo para redução de sal nos alimentos

A Pesquisa do Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sódio por dia, considerando o sal de mesa e o sódio dos alimentos. O consumo é mais que o dobro das cinco gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Por esse motivo, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) firmaram um novo acordo destinado a diminuir a quantidade do produto em alimentos industrializados.

A meta é que, nos próximos quatros anos, seja reduzido: 68% do sódio no queijo mussarela, 63% no requeijão cremoso, 59% em hambúrgueres, 54,8% em empanados, 29,8% em salsichas e 33,2% em sopas prontas. Com o compromisso, chega a 16 o número de grupos alimentares incluídos. A meta nacional é retirar 28 mil toneladas de sódio de alimentos até 2020.
O acordo, que tem adesão voluntária, estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias. O mineral é usado não só para dar sabor, mas também por outras funções tecnológicas, incluindo a de conservante.
Desde o início de 2013, estão sendo coletadas e analisadas amostras de categorias de produtos firmados nas duas primeiras etapas da parceria, entre eles, macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinhas.
A cooperação, iniciada em 2007, inclui também a redução de outros componentes em alimentos processados. Até 2013, já foram retiradas 230 mil toneladas de gordura trans do mercado. Estudo feito pela ABIA, em parceria com o governo federal, revelou que 94,6% das empresas ligadas à entidade, alcançaram a meta estabelecida há seis anos, que limita a 5% de presença de gordura trans do total de gorduras em alimentos industrializados e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas.
O sódio está presente no sal de cozinha e em produtos industrializados. Seu consumo em excesso está associado a uma série de doenças, sobretudo à hipertensão arterial. A doença, segundo o novo levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012, atinge 24,3% dos brasileiros hoje.

Jornal de Fato

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