Há mais de três décadas os limites de pressão arterial considerados para determinar a faixa de hipertensão
é 14 por 9, no entanto, um estudo recente conduzido por pesquisadores
americanos sugere que essa medida seja mudada para a população com mais
de sessenta anos. De acordo com o publicado, a sugestão baseia-se nos
resultados de uma série de estudos realizados nos últimos anos, em que
não são evidenciados benefícios em pressões menores de 15 para pessoas
acima da faixa etária citada.
Ou seja, com uma pressão sistólica de até
15, não são evidenciados nenhum tipo de complicação em indivíduos
idosos.
As mudanças foram sugeridas nos Estados Unidos, mas deverão
ser adotadas no Brasil, uma vez que as diretrizes americanas e europeias
são usadas como base para as brasileiras. Em 2014, as diretrizes que
são coordenadas pela equipe da Unidade Clínica de Hipertensão do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP,
serão atualizadas, mas as mais recentes orientações ainda demorarão
alguns meses antes de ser adotada pelos cardiologistas de todo o país.
O aumento do limite da pressão arterial poderá reduzir consideravelmente o número de pacientes que fazem uso de medicação
para hipertensão. Mas, vale ressaltar que segundo o posicionamento dos
cardiologistas, a mudança não implicará na suspensão dos remédios para
pressão de todos os idosos com pressão menor do que 15 por 9, pois todo
tratamento é individualizado.
Os médicos explicam ainda que a pressão sistólica, maior
valor, aumenta naturalmente nos idosos, pois há um processo fisiológico e
progressivo de enrijecimento dos vasos sanguíneos. Mas, por outro lado,
a pressão diastólica, menor valor, reduz e passa a ser mais
baixa do que o normal, por isso, o uso de medicações para reduzir a
pressão total pode trazer mais prejuízos que benefícios. Alguns dos
efeitos mais perigosos são tontura acentuada e isquemia. A recomendação
não é sugerida para pacientes jovens, tampouco para diabéticos e
portadores de doenças renais.
Resumo do dia
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