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sábado, 19 de julho de 2014

Amputação do pé amedronta diabéticos; entenda

 
Getty Images  
O descaso com o controle da glicemia é a principal causa de amputação não traumática dos membros inferiores. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), 85% desses casos decorrem de ulcerações (feridas) nos pés. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que a cada 30 segundos ocorra uma amputação decorrente da neuropatia diabética — patologia que acomete os nervos causando falta de sensibilidade. No entanto, a pessoa com diabetes que apresenta problemas nos pés não irá, necessariamente, amputá-lo, conforme explica o endocrinologista Dr. Domingos Malerbi, diretor da SBD.

— O diabético que não trata a doença pode desenvolver a neuropatia, especialmente nos membros inferiores. O paciente que não sente os pés corre mais risco de desenvolver feridas, muitas vezes, não cicatrizadas pelo descontrole glicêmico.
O médico acrescenta que se a neuropatia não for tratada adequadamente, o paciente pode até amputar o membro. Por isso, a prevenção primária, com aplicação de insulina e controle da glicemia, é fundamental.
— Esses e outros problemas só têm cura quando são detectados antes mesmo de os sintomas aparecerem. Tudo vai depender do controle da glicose.
Como identificar e tratar o problema
Ao contrário do que muitos pensam, nem todo o diabético terá problemas nos pés. O endocrinologista garante que esse quadro só será desenvolvido se o paciente não seguir o tratamento.
— Para que o diabético não desenvolva essas complicações, é necessário fazer um rigoroso controle da glicemia por meio de medicação, exercícios e alimentação saudável.
O pé diabético, também conhecido como pé neuroisquêmico, pode ser caracterizado por um leve problema até uma infecção, que pode atingir o osso e causar até uma necrose (gangrena). O diagnóstico é feito a partir de exames específicos, como testes de sensibilidade e circulação. Segundo o médico, a cura só ocorrerá quando o problema for detectado precocemente.
— A neuropatia dolorosa pode ser tratada à base de analgésicos. Mas se for somente a falta de sensibilidade, há medicamentos que auxiliam no aumento da oxigenação do nervo. Agora, se o problema for circulatório, a pessoa pode passar por procedimentos cirúrgicos, como o enxerto, que ajuda a levar o sangue à região onde ele não está chegando. Para deformidades, o melhor tratamento é o uso de calçados adequados, palmilhas ou até mesmo cirurgias corretivas.
Cuide melhor do seu pé
Confira as dicas do endocrinologista Dr. Domingos Malerbi e previna as complicações:
—Todo diabético deve controlar a glicemia e seguir o tratamento corretamente
— A higiene do pé diabético tem que ser diária, com sabão e água morna a 35º C
— Opte por lixar a unha e evite tirar a cutícula. Se precisar cortá-la, deixe os cantos e faça o corte reto
— Hidrate os pés com cremes, pois a pele do pé diabético tende a ficar seca e rachar
— Use meias de algodão, de preferência de cor clara, para o pé respirar melhor e evitar micose
— O calçado deve ter sola de borracha para deixar o calcanhar do pé estável. Evite sapatos com material de plástico e de pano

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