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Toni Kroos foi o melhor nas estatísticas da Copa do Mundo
A
Alemanha acabou a noite de domingo (14) no Maracanã erguendo o troféu
dourado da Copa do Mundo da Fifa como a nova campeã da competição. Além
da vitória em campo, a seleção também dominou a lista dos melhores do
mundial apontados pelo índice de estatísticas oficial da Copa. dois
brasileiros estão na lista dos melhores. Usado também nas edições
de 2009 e 2013 da Copa das Confederações e no Mundial de 2010, o índice
leva em consideração itens como passes, desarmes e movimentação dos
atletas em campo, avaliando ainda se esses números influenciaram
positivamente ou negativamente nas jogadas de gols da equipe na partida.
Com os números, os analistas dão notas de 0 a 10 para cada jogador, e
as melhores médias por posição resultam na seleção.
Toni Kroos
foi o jogador com melhor índice entre os que atuaram no mundial. Ele foi
um dos destaques da Alemanha, seleção que teve o o maior número de
passes certos no Brasil 2014 (4.157 ao todo), 537 saindo dos pés do meia
e 562 de Philipp Lahm.
O
meia de 24 anos pode até ter se destacado mais em outros encontros - a
vitória na estreia sobre Portugal e a goleada arrasadora sobre o Brasil
nas semifinais são bons exemplos -, mas sua típica perfeição na execução
de uma jogada ensaiada criou a melhor chance da Alemanha no tempo
normal da decisão, quando Benedikt Höwedes concluiu a cobrança de
escanteio de Kroos cabeceando a bola na trave pouco antes do intervalo.
Ao todo, ele acertou 94 dos 114 passes que deu na final, cifra só
superada por Bastian Schweinsteiger e Lahm, e correu 14,3 quilômetros em
campo. Mais uma vez, somente dois atletas (o ótimo Schweinsteiger e
Thomas Müller) registraram uma marca superior.
Kroos é um dos
três alemães entre os dez melhores da lista final do Índice Castrol -
Mats Hummels é o quarto e Müller, o quinto. Este último deve sua
colocação aos cinco gols que fez e sua excepcional atuação diante de
Portugal, enquanto Hummels marcou duas vezes e foi o pilar da defesa
alemã, que sofreu apenas quatro gols em sete compromissos.
A
Holanda é a outra seleção com três jogadores entre os dez primeiros
colocados, após o triunfo por 3 a 0 sobre o Brasil no sábado, que
garantiu o terceiro lugar aos europeus. Não surpreende ver Arjen Robben,
um dos atacantes que levou perigo com mais regularidade nesta Copa do
Mundo, em segundo lugar.
Os jogos em que Robben mais pontuou
podem até ter sido os primeiros da competição - quando ele balançou a
rede contra a Espanha e a Austrália -, mas ninguém investiu contra as
zagas adversárias com tanto resultado quanto o ala do Bayern de Munique.
As estatísticas da Castrol demonstram que o holandês fez 19 jogadas
individuais que terminaram na área do oponente (dez a mais que Müller, o
segundo colocado neste critério). Só Lionel Messi fez mais lançamentos
para dentro da área (26) do que Robben (19), e apenas Messi e Alexis
Sánchez sofreram mais entradas.
Os dois outros jogadores
holandeses são Stefan de Vrij (terceiro) e Ron Vlaar (décimo). Ambos
tiveram papéis importantes na defesa de sua seleção, que terminou quatro
partidas sem sofrer gols. Na verdade, Vlaar, que jogou muito bem contra
a Argentina nas semifinais, tentou afastar mais bolas do que qualquer
outro jogador no Brasil 2014 - 29, com uma taxa de acerto de 87% -,
enquanto De Vrij recuperou mais bolas (58) do que ninguém.
O
melhor colocado entre os vice-campeões é o lateral-esquerdo Marcos Rojo,
que aparece em nono. O defensor do Sporting deu uma valorosa
contribuição para o trabalho da retaguarda da Alviceleste, que, apesar
de não recompensado na noite deste domingo, registrou um recorde para a
seleção argentina, já que o goleiro Sergio Romero passou 485 minutos sem
sofrer gols até sentir o desgosto com o chute decisivo de Götze.
O
trabalho de Rojo sem a bola ao longo do lado esquerdo do campo pode ser
ilustrado pelo fato de ele ter percorrido 14,089 quilômetros na final, o
que, entre os companheiros, só é superado por Lucas Biglia. Ele
recuperou mais bolas (46) durante os sete jogos da Argentina do que
qualquer outro jogador do elenco de Alejandro Sabella, e também ajudou a
equipe no ataque com seus passes e cruzamentos para dentro da área.
Messi, ganhador da Bola de Ouro adidas, terminou em 11º lugar no Índice.
O jogador do Barcelona marcou quatro gols, mas nenhum depois da fase de
grupos. Assim, não causou o impacto que teria desejado nas semifinais
ou na decisão.
A Seleção Brasileira terminou em quarto lugar e é
representada na lista final dos dez melhores por Oscar e Thiago Silva,
que vêm em sétimo e oitavo lugares. Somente dois outros atletas fizeram
mais interceptações na defesa do que as sete de Thiago Silva, enquanto
Oscar marcou duas vezes e, por mais estranho que possa parecer, terminou
como o jogador com mais entradas (11) na competição, de acordo com as
estatísticas da Castrol.
Para terminar, uma boa medida do impacto
que Karim Benzema causou com a camisa da França é o fato de ele
terminar o torneio na sexta posição, apesar de sua equipe ter sido
eliminada nas quartas de final. Ele foi o jogador com mais chutes a
gols: 25, dos quais três acabaram no fundo da rede.
A lista final dos dez melhores é a seguinte:
Toni
Kroos, Alemanha (9,79); Arjen Robben, Holanda (9,74); Stefan de Vrij,
Holanda (9,7); Mats Hummels, Alemanha (9,66); Thomas Müller, Alemanha
(9,63); Karim Benzema, França (9,6); Oscar, Brasil (9,57); Thiago Silva,
Brasil (9,54); Marcos Rojo, Argentina (9,51); e Ron Vlaar, Holanda
(9,48).
Com informações da Fifa.
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