Divulgação/Facebook
Por Arthur Barbalho Repórter
O Novo Hamburgo foi
condenado por quatro votos a zero pelo Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD) na tarde desta sexta-feira (8) devido a escalação
irregular do meia Preto, na partida diante do ABC, pela terceira fase da
Copa do Brasil. Com isso, a equipe gaúcha está eliminada e Alvinegro
herda a vaga na competição. O julgamento foi realizada pela Quinta
Comissão Disciplinar do tribunal, no Rio de Janeiro. O resultado ainda
cabe recurso. A denúncia foi feita com base no artigo 214,
parágrafo 4º, do Regulamento Geral de Competições da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), que julga o clube que escala jogador em
situação irregular para uma partida oficial.
O julgamento começou com
depoimento do delegado da partida e da Federação Gaúcha de Futebol
(FGF), Moacir Melo. De acordo com ele, o quarteto de arbitragem não
tinha segurança no sistema de súmula eletrônica da CBF, que poderia
indicar uma possível irregularidade em relação a condição de jogo do
atleta. Em seguida, quem depôs foi o advogado do Novo Hamburgo, Marcelo
Kern. Ele falou que não sabia da situação do atleta e reforçou que o
quarto árbitro do jogo havia reclamado do súmula eletrônica da CBF antes
do início da partida. Ainda segundo o defensor, o clube tentou entrar
em contato com o STJD e a CBF para confirmar a situação do atleta, mas
não teve êxito. Questionado pelo advogado do ABC sobre quem tomou a
decisão de escalar o jogador, ele não soube informar ao terminal.
Divulgação/FacebookSTJD julgou a escalação do meia Preto como irregular. Assim, ABC volta a Copa do Brasil
O
procurador do STJD Alessandro Kishino foi o terceiro a falar. Ele
afirmou que se sentia triste pelo resultado do campo ter de ser afetado
por uma decisão do tribunal, mas lembrou que houve irregularidade na
escalação de Preto. O representante do STJD reforçou ainda que o caso é
contratual e que o resultado do jogo deveria ser anulado.
Após a
procuradoria, o advogado que representa o clube gaúcho no caso, Rogério
Pastl, deu início a defesa do clube gaúcho. De acordo com ele, o clube
conseguiu acompanhar a situação do atleta e que o caso é uma
excepcionalidade. "O Novo Hamburgo não é clube grande como o
Internacional, por exemplo. É um clube que sofre pois tem uma estrutura
pequena. O advogado do clube tentou entrar em contato com a CBF e o
STJD, mas não conseguiu", disse ele. O defensor usou o princípio da
inexigibilidade de conduta adversa, alegando que o clube não estava
ciente da situação de Preto e, portanto, optou pela escalação do atleta.
"Peço a absolvição pois esse é um caso de excepcionalidade por falta de
informação", falou.
Em sua fala, o advogado Osvaldo Sestário,
que representa o ABC, disse que "a questão é muito clara" e reforçou que
houve irregularidade na escalação do atleta. Ele voltou a pedir a
condenação do clube gaúcho.
Após os depoimentos de todas as
partes, os auditores deram início aos seus votos. O primeiro foi o
auditor Márcio Luiz Carvalho do Amaral, que votou a favor da punição do
Novo Hamburgo. O segundo auditor também votou pela condenação. O auditor
Rodrigo Raposo foi terceiro e também pediu pela condenação, resultado
que eliminou o clube gaúcho e deu a vaga nas oitavas-de-final ao ABC. O
quarto relator seguiu o voto dos demais e condenou o clube gaúcho, que
está eliminado do torneio nacional.
Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário