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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Diabetes aos 50 anos pode causar perda de memória aos 70

Pessoas diagnosticadas com diabetes na meia idade — ao redor dos 50 anos — têm mais probabilidade de sofrer perdas significativas de memória e de cognição depois de 20 anos, comparadas com indivíduos que mantêm taxas de glicose normais no sangue. A revelação está descrita na edição de terça-feira do periódico Annals of Internal Medicine.  Pesquisadores Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg descobriram que o diabetes envelhece a mente cinco anos mais rápido que o normal. O declínio de memória e de funções cognitivas está fortemente associado à demência.
A lição é que, para ter um cérebro saudável aos 70 anos, você precisa se alimentar direito e se exercitar aos 50”, afirma a líder do estudo, Elizabeth Selvin, professora de epidemiologia da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg.
No estudo, Elizabeth e sua equipe analisaram dados de 15 792 adultos acompanhados de 1987 a 2013. Os pesquisadores compararam a perda cognitiva associada ao envelhecimento com o declínio observado nos voluntários do estudo. A perda foi 19% maior do que a esperada entre os participantes que não controlavam o diabetes adequadamente.
Se nós prevenirmos e controlarmos o diabetes de maneira melhor, poderemos evitar a progressão da demência em muitas pessoas”, diz Elizabeth. “Retardar o surgimento da demência em alguns anos pode ter um impacto enorme na população, incluindo ganho de qualidade de vida e menos gastos com saúde.”
Um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 é o acúmulo da gordura visceral, ou seja, a gordura acumulada na região abdominal que também se concentra no fígado e entre os intestinos. “Essa gordura obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose consiga entrar nas células. Esse excesso estimula uma série de mudanças no metabolismo, como aumento da pressão arterial e das taxas de colesterol no sangue”, explica Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Portanto, o ganho de peso pode significar o aumento da gordura visceral e, consequentemente, do risco de diabetes tipo 2. 

(Veja)

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