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domingo, 25 de janeiro de 2015

Ar-condicionado vira novo vilão para consumo de energia

Outro eletrônico que faz sucesso na Black Friday é o ar-condicionado. Com a chegada do verão, muitos consumidores procuram esse produto. Então, para quem pensa em se refrescar na próxima estação é bom não bobear.
Getty Images - Outro eletrônico que faz sucesso na Black Friday é o ar-condicionado. Com a chegada do verão, muitos consumidores procuram esse produto. Então, para quem pensa em se refrescar na próxima estação é bom não bobear.  

O chuveiro elétrico ficou para trás. Agora o novo vilão da energia elétrica é o ar-condicionado, apontado como um dos responsáveis pelo apagão que atingiu dez Estados e o Distrito Federal na segunda-feira. Naquele dia, a temperatura estava alta, acima dos 35º em São Paulo. Por volta das 14h30, na volta do almoço de muitos trabalhadores, a demanda de energia bateu recorde e ficou bem acima do programado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na terça-feira, o consumo voltou a ficar acima das expectativas.
"Nos últimos anos, houve um incentivo muito forte ao consumo de energia elétrica", afirma o sócio da comercializadora Enecel, Raimundo Batista. Segundo ele, ao mesmo tempo que houve um incentivo para a compra de eletroeletrônico, a tarifa de energia também caiu com a Medida Provisória 579 - embora momentaneamente.

Além disso, com a ascensão da classe média, o uso do ar condicionado se popularizou a ponto de deslocar o pico de consumo. Antes a demanda máxima de energia ocorria quando o brasileiro voltava para a casa e ligava o chuveiro para tomar banho. Agora o pico é no meio da tarde, quando o calor é maior e os aparelhos de ar condicionado são ligados.

Nos últimos anos, o consumo de energia do setor residencial e comercial subiu bem acima do industrial. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entre 2011 e 2013 o consumo de eletricidade das residências brasileiras subiu 11,5%. Se forem consideradas as estimativas para 2014, o crescimento atingirá 18% no período.

No setor comercial, o aumento nesse período deve ficar por volta de 22%. Enquanto isso, o setor industrial teve recuo de quase 3%. "O que temos de fazer agora, no curto prazo, é um trabalho voltado ao consumo. O governo tem de pedir para os brasileiros economizarem. Isso não é vergonha nenhuma", diz Batista. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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