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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Estudo aponta que não é o cloro que deixa seus olhos vermelhos

piscina
O cloro inativa a maioria dos germes causadores de doenças e é por isso que ele é encontrado na água potável e na grande maioria das piscinas. Contudo, os compostos formados em piscinas têm deixado alguns cientistas preocupados. Toda vez que uma pessoa entra na piscina, ela está adicionando contaminantes ao meio. Segundo um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), atividades de contato prolongado com a água de piscinas contaminadas podem resultar na ocorrência de conjuntivite infecciosa, inflamação da orofaringe, afecções de pele, síndromes disentéricas, entre outras doenças. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, os casos de doenças em águas recreativas, causados por bactérias e contaminantes em piscinas, estão em ascensão.
A maioria dos casos foi associada ao parasita unicelular Cryptosporidium. Ele pode sobreviver em piscinas por dez dias ou mais, mesmo em água clorada. Segundo o relatório do CDC, os nadadores trazem o contaminante para a piscina quando entram na água quando estão doentes (com diarreia).
Outro fator que preocupa em relação à higiene das piscinas é que a maioria delas apresenta urina, suor, cabelo, resíduos de maquiagem e protetor solar, etc. Esses contaminantes, em combinação com o cloro, formam as cloraminas. Pesquisadores comprovaram que não é o cloro que faz com que seus olhos fiquem vermelhos ao nadar na piscina, é a urina! Especificamente, são os produtos químicos liberados quando o cloro reage com esses contaminantes. Os  “subprodutos de desinfecção”, ou DPBs, liberam um forte odor. A maioria das pessoas pensa que o cheiro forte da piscina indica a concentração de cloro, mas não é o caso; ele normalmente indica que os contaminantes da piscina não estão sendo eficientemente combatidos na presença do cloro.
Alguns desses subprodutos de desinfecção, como o clorofórmio, são conhecidos como trihalometanos, e são considerados cancerígenos. Um estudo recente relaciona esses subprodutos com o câncer de bexiga e colorretal.
Urina e suor contêm ácido úrico. Outro estudo, publicado pelo American Chemical Society journal Environmental Science & Technology aponta que o ácido, em contato com o cloro, reage produzindo tricloramina e cloreto de cianogênio, dois perigosos gases. Esses dois produtos químicos têm sido associados à problemas de saúde crônicos entre nadadores: a exposição à tricloramina pode levar a problemas respiratórios graves, enquanto o cloreto de cianogênio tem sido associado a doenças pulmonares e desordens do sistema nervoso central e do sistema cardiovascular.

Alguns cuidados podem ser tomados para diminuir os riscos de contaminação. Especialistas recomendam um olhar mais atento antes de cair na água, prestando atenção também no odor da piscina. A água deve estar límpida e sem cheiro ruim. Qualquer detrito presente na superfície ou fundo da piscina indica a necessidade de uma limpeza. Se a água estiver turva, o sistema de filtragem pode estar funcionando de forma ineficaz ou pode revelar um uso excessivo da piscina. A introdução do ácido úrico em piscinas é atribuível a micção que, em boa parte das vezes, é um processo voluntário dos nadadores; logo, evitar essa prática resulta em uma melhoria significativa da qualidade da água. Tomar uma rápida ducha antes e depois de entrar na água também ajuda a reduzir o excesso de contaminantes adicionados ao meio.
Agora vamos às quatro dicas de ouro: não urine na piscina; não nade se estiver com diarreia; não engula água da piscina; e não caia na água se ela possuir odor ou estiver turva. Se você não estiver confiante sobre a limpeza da água, não se submeta a um ambiente que possa estar contaminado.

Fonte: MNN e CNN


Equipe eCycle  

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