Por Gláucia Chaves - Correio Braziliense
A pequena Manuela, de apenas 3 anos, tem, além da inocência das crianças, a pureza do paladar. A menina nunca provou uma gota de refrigerante na vida. Na verdade, o próprio açúcar, tão comum para a maior parte das pessoas desde a infância, é um ingrediente que faz parte da sua vida há pouquíssimo tempo. Na lancheira da escola, nunca faltam frutas, suco de uva orgânico e biscoitos de água e sal, que contêm menos conservantes que as opções recheadas. “Nossa alimentação sempre foi balanceada e saudável, então, a incentivamos a fazer o mesmo”, justifica Waldo Costa, 30 anos, pai de Manuela. O personal trainer e a esposa, Rafaela Jorge, 28, cuidam para que, desde cedo, a filha não cultive preconceitos gastronômicos — do tipo “ódio a verduras e legumes”. “Os pais são a primeira referência da criança. Em outros lugares, ela pode até ter contato com coisas não saudáveis, mas, dentro de casa, quem a influencia somos nós”, completa Rafaela.
Além de ser nutricionista, Rafaela coordena um projeto chamado Menu Infantil, que consiste na elaboração do cardápio de crianças de 6 meses a 5 anos em uma escola da cidade. Ela sabe bem que as refeições em família são momentos nos quais a pressa do cotidiano dá uma pausa para que os pais tenham a chance de observar como está a alimentação dos filhos — e aproveitar para introduzir elementos nutricionais importantes, como verduras e frutas, especialmente às crianças menores, como Manuela. Pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, descobriram que o casal não poderia estar em um caminho mais correto. Segundo o estudo, publicado na edição de março do jornal especializado Nutrición Hospitalaria, preparar o alimento da cria faz com que as crianças tenham melhores hábitos nutricionais no futuro, além de evitar que os pequenos sofram com problemas de adultos, como obesidade e hipertensão.
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