A relação entre um investidor e empresa de marketing
multinível está sendo, pela primeira vez, alvo de ação no Procon do Rio
Grande do Norte. O BBOM, pertencente ao Grupo Embrasystem, está sendo
investigado por suposto descumprimento de acordo com um natalense. A
queixa é que o investidor teve R$ 1.400,00 deduzidos de sua conta na
empresa sem que o dinheiro fosse repassado à conta bancária do
beneficiário. Segundo o Procon, a empresa já foi notificada.
De
acordo com o investidor que relatou o problema, ele entrou na empresa
com quatro contas, entendendo que os valores investidos por ele seriam
utilizados na produção de rastreadores supostamente locados pelo BBOM.
Do valor arrecadado com os alugueis, o investidor (chamado de
patrocinador pelo BBOM) ficaria com a metade, enquanto a empresa ficaria
com a outra parte.
Segundo o investidor, o
acordo vinha sendo cumprido e os recursos eram repassados a ele através
do site da empresa, onde o próprio beneficiário indicava o valor que
queria que fosse repassado à conta corrente. Porém, ele teve problemas
nos dias 2 e 20 de junho, quando tentou realizar dois saques no valor de
R$ 700 cada. Na conta no site da empresa ficou constatado que ele
retirou o dinheiro, mas os R$ 1.400,00 não foram repassados à conta
corrente indicada.
"Foi a primeira vez que isso aconteceu, e foi só em uma conta. Já havia ocorrido com outra pessoa que eu conheço, mas ele entrou em contato com a empresa e o dinheiro foi devolvido. Já no meu caso, eu mandei e-mail, eles disseram que fariam o estorno, mas nada foi feito. Tentei falar por telefone e não consegui. Aí preferi ir ao Procon para resolver o problema", explicou o investidor.
De acordo com
o coordenador do Procon, Arakén Farias, o Ministério da Justiça
recomendou que todas as denúncias encaminhadas à instituição fossem
recebidas e averiguadas, apesar do entendimento do órgão ser que não são
todos os casos de marketing multinível que caracterizam relação de
consumo.
"Nesse caso do BBOM, entendemos que há
relação de consumo e houve uma falha no repasse do aluguel do
rastreador através do site da empresa. No caso do Telexfree, por
exemplo, entendemos que podemos atuar caso seja falha de alguém no uso
do serviço de telefonia Voip, e não com relação a ações judiciais, como
já nos foi questionado", disse Arakén Farias.
Tribuna do Norte
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