O hábito de roer unhas, clinicamente conhecido como onicofagia, pode ser mais difícil de ser tratado do que imaginamos. Geralmente, o problema começa na infância e pode ter causas
variadas, como ansiedade, angústia, insegurança e timidez. Por isso, o
tratamento é focado nas alterações comportamentais, que certamente
repercutirão na mudança de hábitos. De acordo com psicoterapeutas, roer as unhas é como um
refúgio, geralmente para fugir de uma determinada situação que nos
causas constrangimento ou para lidar com certas exposições que somos
obrigados a enfrentar durante a vida.
O vício é caracterizado
pelo roer das unhas e das puxadas da pele da cutícula, em muitos casos
os dedos só são liberados quando começam a sangrar. Depois que
cicatrizam, o ciclo recomeça e pode dar início a um tipo de infecção
conhecido como paroníquia crônica, que acomete a região ao redor
das unhas e é caracterizada por inchaço, vermelhidão e aumento da
sensibilidade. A longo prazo, essa doença interfere no formato das unhas
e pode comprometer o seu crescimento, pois altera a matriz da unha.
Os dentes também são prejudicados com esse hábito, uma vez que
a camada que os protege, o esmalte, é danificada e deixa-os exposto à
bactérias. Quando o hábito começa na infância e persiste até a idade
adulta é comum a ocorrência de má oclusão dentária.
O primeiro passo para tratar esse hábito ruim é descobrir o
que o repreende ou te deixa com vergonha, se acontece dentro da sua
própria casa, na escola, faculdade ou ambiente de trabalho. Não adianta
pintar as unhas de vermelho, usar esmaltes com gosto picante ou estar
sempre mascando chiclete, é preciso descobrir a causa e tratá-la, pois
além de parar de roer as unhas, você também terá a oportunidade de se
libertar de um medo, aprenderá a lidar com as exposições e se tornar
mais confiante.
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