Adriano Abreu
Escolas estabelecem regras para uso de celulares nas escolas
Por Gabriela Freire - Repórter
Está cada vez mais difícil
encontrar algum estudante que não tenha consigo um aparelho celular.
Assim como a imensa maioria dos brasileiros (atualmente temos uma
quantidade muito maior de celulares do que de pessoas no país - 198,7
milhões de brasileiros em 2012 para 267 milhões de números de celulares
ativos em julho de 2013), quase todo aluno de ensino fundamental carrega
no bolso, ou na bolsa, um desses dispositivos de comunicação. O grande
desafio das escolas é manter a atenção desses jovens - que já nasceram
conectados - no professor e no conteúdo apresentado dentro de sala de
aula.
Eles são multifunção. Trocam mensagens de texto, fazem
fotos e vídeos, criam galerias com esse conteúdo, gravam áudio,
funcionam como agenda, caderno de notas, despertador, rádio, televisão,
servem de dicionário, tradutor e guia com mapas. São localizadores via
satélite, acessam internet e ainda fazem ligações. Como ganhar de um
‘concorrente’ com tantos atributos?
A
coordenadora pedagógica Ana Flávia de Azevedo Oliveira, diz que até
tentou proibir os alunos de levarem os aparelhos para a escola. Mas
reconhece que a luta foi inglória. “Eles possuem autorização dos pais,
que querem se comunicar com os filhos por uma razão ou outra, então é
difícil levar essa proibição adiante”, afirma.
A
solução encontrada pela escola onde Ana Flávia atua foi deixar as
regras bem claras. O uso de celular só é permitido nos intervalos das
aulas e por alunos com mais de 12 anos de idade. Os menores estão
terminantemente proibidos, pelo menos na escola. “Eles ainda são muito
imaturos. E é complicado lidar com situações nas quais eles querem fazer
fotos ou vídeos dos colegas, por exemplo. Os com mais de 12 anos ainda
são imaturos, mas compreendem melhor as regras da escola. Como os
smartphones são objetos de uso individual acaba atrapalhando a sala de
aula”, avalia.
O professor Wilton Nascimento aproveita os
recursos oferecidos pelas novas tecnologias e surfa na mesma onda que os
alunos. O professor de inglês costuma usar aplicativos que auxiliam na
prática da pronúncia e ampliam o vocabulário. “Temos que usar essas
ferramentas como aliadas. Mas é preciso que seja no momento certo, com
um planejamento”, pondera. Mesmo assim ele ainda se depara com situações
que requerem mais atenção. “Vez por outra preciso conversar com um
aluno que pega o texto que passo para interpretação, traduz no Google
Tradutor e acha que está certo. Preciso explicar que dessa forma ele não
vai aprender já que ele não trabalhou como deveria. É preciso
conscientização”, explica.
A escola onde o professor Wilton
trabalha está conectada e estimula não só os professores, como também os
alunos a participarem desse mundo. “Temos uma plataforma que reúne as
listas de chamada, comunicados, agenda, exercícios e várias outras
atividades que podem ser acompanhadas pelos pais e alunos”, explica a
coordenadora pedagógica Jânua Melo. Para ela a regra é clara quanto ao
uso de celulares dentro das salas de aula. “Os alunos são comunicados
que os aparelhos devem ser desligados durante a aula e caso o professor
identifique alguém utilizando, o telefone é confiscado e só é devolvido
aos pais”, afirma.
Saiba mais
Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário