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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Correção do FGTS 2014

 Correção do FGTS 2014
Há mais de 15 anos, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS vem sendo acumulado com um índice bem menor em relação à inflação anual, que é calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC.  Todos os meses, mais especificamente no dia 10 de cada mês, o saldo do FGTS é atualizado, seguindo a fórmula: 3% ao ano mais Taxa Referencial – TR. Considerado o período compreendido entre Julho de 1999 a Fevereiro de 2014, o seu reajuste foi calculado em 99,71%, já a inflação, no mesmo período, sofreu um reajuste de 159,24%, o que corresponde a um déficit de bilhões de reais nas contas dos trabalhadores.

Para termos uma ideia melhor da diferença que essa forma de cálculo faz para os trabalhadores, basta calcularmos o reajuste sobre o FGTS de um trabalhador cujo saldo é de R$ 10 mil em Junho de 1999 e sem depósitos posteriores, considerando a regra atual de reajuste, o valor seria de apenas R$ 19.901, mas se fizermos o cálculo pelo INPC, esse valor subiria para R$ 40.060. Ainda com base nesses cálculos, só neste ano, cerca de R$ 6,8 bilhões deixaram de entrar no bolso dos trabalhadores. Em 2013, o déficit foi de R$ 27 bilhões.

Essa diferença tem sido motivo para ações na Justiça por parte de milhares de brasileiros, que tentam uma mudança na correção do fundo. Tais ações solicitam que o rendimento do FGTS, que é calculado com os 3% ao ano mais a TR, passe a ser de 3% ao ano mais atualização por um índice de inflação, como o próprio INPC ou outros como o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.
A situação atual é preocupante para o governo, milhares de brasileiros tentam conseguir na Justiça uma mudança na correção do fundo, além das centrais sindicais que também estão movendo ações coletivas e atraem mais trabalhadores devido aos preços mais baixos que os cobrados pelos advogados.

Resumo do dia 

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