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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Alerta ambiental >> Ação humana provoca desaparecimento da Caatinga

A Caatinga ocupa 11% do território nacional, está
 presente em 11 estados
A forma desordenada com que a Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, vem sendo devastado ao longo dos anos preocupa cada vez mais os especialista.  A Caatinga ocupa 11% do território nacional, está presente nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e Minas Gerais; e abriga uma população de 27 milhões de pessoas, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas.O engenheiro Agrônomo, Fabrício Edino Barbosa Jales, formado pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), revela sua preocupação com esse importante bioma.
 
“A Caatinga existe apenas no Brasil e é um patrimônio muito valioso que precisa ser melhor avaliado pela população e pelas autoridades. É importante que as instituições unam esforços para preservá-la, já grande parte das soluções de desenvolvimento regional passa por esse bioma. É possível conciliar produção econômica e desenvolvimento com a conservação, que resguarda e potencializa o desenvolvimento", afirma. 
Segundo ele, a Caatinga é o bioma brasileiro de mais difícil restauração. As ações de restauração são muito mais caras do que as de conservação, então a conservação é sempre o melhor caminho. No entanto, muitos produtores preferem erradicar a caatinga para plantar pasto, quando poderia plantar o pasto e preservar a vegetação natural, com técnicas simples.
 
Outra saída apontada por Fabrício para a preservação da caatinga seria a criação e gestão de áreas protegidas, fomento à pesquisa, educação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Espécies animais estão ameaçadas de extinção
 
Além da destruição da vegetação, a ação desordenada do homem nesse bioma tem feito com que alguns animais, como o tatu-bola, espécie exclusivamente brasileira, estejam ameaçados de extinção “Essa espécie é uma bandeira de preservação. A proteção do tatu-bola, de seu habitat, significa a proteção do bioma. O tatu-bola corre sério risco de ser extinto nos próximos 50 anos devido principalmente à degradação ambiental”, alerta Fabrício Barbosa.
 
Segundo ele, a extinção dos animais está associada à existência de núcleos de desertificação na região, áreas com alto grau de degradação ambiental onde o solo está exposto e exibe acentuada erosão, há pouca diversidade biológica e pouca cobertura vegetal. “O polígono de maior risco de desertificação no Brasil está no Nordeste. Por já ser uma região semiárida, a Caatinga é o bioma mais ameaçado pelas mudanças climáticas", alerta.
 
O agrônomo faz alerta sobre a importância das áreas de preservação. “A Caatinga é considerada por especialistas o bioma brasileiro mais sensível à interferência humana e às mudanças climáticas globais. Apesar disso, apenas 7,5% de seu território está protegido em Unidades de Conservação (UCs) e apenas 1,4% dessas reservas é áreas de proteção integral”, enfatiza. A região Nordeste tem 364 reservas registradas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC). Apenas 113 (ou 31%) têm como objetivo proteger a Caatinga, embora esse bioma seja predominante em todo o semiárido brasileiro. “Essa é uma contradição que precisa ser revertida”, afirma.
 
Matéria extraída do Blog Lajes do Cabugi

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