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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Falta de respeito, vergonha, absurdo >> A forma como o PSDB trata os professores: Massacre ocorrido ontem no Paraná contra os professores

Foto de Jean Wyllys.
O que está acontecendo no Paraná é estarrecedor e deveria ser, agora mesmo, o foco de atenção de todos aqueles e aquelas que defendemos a democracia como forma de vida. O governador Beto Richa (PSDB) transformou hoje a cidade de Curitiba num verdadeiro cenário de guerra! Os professores e professoras da rede pública e outras categorias tinham se mobilizado para protestar contra a votação de um projeto de lei do governo estadual que pode desfinanciar o fundo estadual da previdência dos servidores públicos (porque o governador quer usar esses recursos dos trabalhadores para cobrir o rombo das contas públicas que sua má gestão provocou) e o protesto, legítimo, foi reprimido de forma brutal pela Polícia Militar sob as ordens do tucano, deixando mais de 150 feridos, dos quais alguns em estado grave. Os e as policiais — foram mobilizados mais de 4 mil agentes — estão usando balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, cassetete, jatos de água e até cachorros que são lançados sobre manifestantes e jornalistas, que acabam sendo mordidos. Parecem cenas da época da ditadura militar!
Um dado chocante: dezessete policiais estão presos, por ordem do governador, porque se recusaram a participar da repressão brutal contra os trabalhadores.
Parte da grande mídia, como sempre, fala em “confronto entre professores e policiais”, o que resulta em ridículo: é como falar em confronto entre o peito e a bala, entre as costas e a paulada. Como bem explica Bernardo Pilotto, ex-candidato a governador do PSOL do Paraná, de um lado há trabalhadores e do outro tem até helicópteros. E a categoria que mais se mobilizou foi a dos professores, composta majoritariamente por mulheres e "envelhecida" pela falta de concursos públicos. Aliás, quem já participou de greves e mobilizações sabe que a violência sempre parte do lado da polícia (e, quando parece que partiu do lado dos manifestantes, geralmente trata-se de pessoas infiltradas pela própria polícia para provocá-la e depois dizer que foram “vândalos”).
Acabamos achando natural que uma manifestação de estudantes ou trabalhadores só pode terminar com cenas de violência, mas não é assim. Existem experiências em outros países (onde antes acontecia o mesmo) que provam que quando os governos mudam a política de repressão violenta dos conflitos sociais pela negociação, com o diálogo e a contenção não violenta das manifestações, com a polícia se limitando apenas a cuidar do patrimônio e a segurança das pessoas (também dos próprios manifestantes), um protesto pode sim começar e terminar em paz.
O Paraná é um bom exemplo do extremo contrário. O jeito tucano de fazer as coisas (o governo não aceitou negociar ou ceder em nada e, enquanto a polícia instalava a barbárie fora da Assembleia Legislativa, dentro votavam tudo o que ele queria) se mistura com as pretensões autoritárias do governador, que age como um ditadorzinho arrogante e violento. O resultado disso são dezenas de pessoas feridas e hospitalizadas e gás lacrimogênio até nas creches próximas ao local da repressão.
O Brasil precisa dar um basta a Beto Richa.

Blog Lajes do Cabugi

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