Hoje, as pessoas não recorrem apenas aos amigos ou a uma cantada bem bolada para conhecer alguém que lhes parece interessante. De forma cada vez mais frequente, sites criados para aproximar as pessoas assumem o papel de cupido e, com isso, mudam a forma como se busca iniciar uma relação romântica. Um artigo publicado este mês na revista científica Psychological Science in the Public Interest por psicólogos norte-americanos, mostra que os sites de relacionamento já são, naquele país, o segundo meio mais comum de conhecer alguém — atrás apenas da aproximação feita por conhecidos.
Outro estudo, também americano, liderado pelo sociólogo Reuben Thomas e pelo pesquisador sociodemográfico Michael Rosenfeld, mostra como se deu essa explosão. No começo dos anos 1990, quando a internet iniciava seu processo de popularização, menos de 1% das pessoas encontrava parceiros por meio de propagandas impressas em jornais ou revistas. “Os tradicionais anúncios de solteiros eram muito ineficientes”, comenta Thomas, que trabalha no City College of New York.
Com o advento da internet, porém, a busca se tornou mais fácil e, cerca de 15 anos mais tarde, os anúncios e perfis eletrônicos mostraram seu poder. Em 2005, 37% dos internautas adultos dos Estados Unidos já haviam tido um namoro virtual, iniciado ou mantido pela internet. “De 2007 a 2009, 22% dos casais heterossexuais e 61% dos homoafetivos encontraram seus parceiros pela web”, informa o sociólogo, para quem, hoje, os índices devem ser ainda mais altos.
Para a universitária Narlla Sarles, 26 anos, e o bancário Camilo Bessoni, 30 anos, a internet não representou um obstáculo para o romantismo, mas, ao contrário, ajudou a mantê-lo aceso. Eles namoravam havia apenas 22 dias quando Camilo mudou-se para o Reino Unido, onde viveu por dois anos. “Eu já sabia da viagem. Nós éramos amigos há muito tempo e, quando começamos a namorar, estávamos com o coração preparado para o futuro da nossa relação”, comenta Narlla.
Diario de Natal
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